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Polícia Civil prende advogada suspeita de auxiliar na entrada de drogas em presídio
1 de setembro de 2023

Operação "Falsa Prerrogativa" desarticula esquema envolvendo advogados na organização criminosa

A Polícia Civil prendeu, temporariamente, uma advogada de 42 ano na manhã desta quinta-feira (31) durante a Operação "Falsa Prerrogativa". A ação é em resposta a suspeita de que ela ajudava na entrada de drogas no presídio de Ubá.

Outros sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a ação, que investiga a participação de mais advogados na organização criminosa. Os oficias também apreenderam documentos, notebooks e aparelhos celulares.

Conforme informações da Polícia Civil, a advogada utilizava-se das prerrogativas profissionais para facilitar as transações dos entorpecentes entre detentos de diferentes pavilhões no presídio, utilizando do parlatório – sala reservada aos atendimentos jurídicos ou íntimos, com total privacidade.

Além da Polícia Civil, a Delegacia de Ubá, com apoio da Polícia Penal do Ministério Público, conduzem a investigação. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também acompanharam a operação.

Operação Falsa Prerrogativa

O nome da operação faz alusão às prerrogativas conferidas aos profissionais advogados que usam dos preceitos legais para cometerem crimes.

A advogada presa contaria com auxílio de outros colegas de profissão para realizar falsos atendimentos jurídicos de detentos que sequer eram clientes dela. Conforme as apurações, os encontros tinham como única finalidade promover a transação de drogas entre os pavilhões.

As investigações também apontaram que os criminosos que estavam presos determinavam quais detentos seriam os atendidos pela advogada e a ordem de atendimento para fazer circular as drogas e atingir grandes lucros.

Além disso, detentos em regime semiaberto engoliam as drogas e retornavam para unidade prisional onde. Depois de expeli-las, a advogada os atendia no parlatório e, em seguida, atendia outro preso, de outro pavilhão ou regime, possibilitando a circulação dos entorpecentes.

Relatos apurados informam ainda que ela inclusive coordenava o fluxo de atendimento e orientava onde esconder o material ilícito. Em julho, dois detentos foram flagrados com os entorpecentes logo após o atendimento jurídico.

De acordo com o delegado responsável, Douglas Motta, “os recursos arrecadados nessas transações eram destinados aos pilares criminosos fora dos presídios e financiavam a guerra urbana que assola a região”.

Informações Por G1