Breno Alberto da Cunha Rebelo da Silva, conhecido também como Breno Vespão, é o influencer de Juiz de Fora preso durante a Operação “Aracnídeo", na terça-feira (16). Ele é suspeito de promover vendas de rifas ilegais na internet e vender um "robô" sem licença ou regulamentação para realizar operações econômicas no mercado de opções binárias.
A polícia chegou até o rapaz após denúncias de supostas vítimas e como desdobramento da Operação “Provérbios 16:18”. Desde o início de dezembro de 2023, a operação prendeu outros seis influenciadores da cidade por realização de rifas ilegais na internet. Ele foi preso e conduzido ao Presídio de Matias Barbosa.
O advogado de defesa dele, Leandro César de Faria Gomes, informou que protocolou o pedido de liberdade provisória na 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora.
Na descrição do perfil em uma rede social, Breno diz ser especialista em opções binárias e criptomoedas. As fotos postadas mostram uma vida luxuosa. Segundo a Polícia Civil, Breno usava a influência que tinha nas redes sociais, com quase 500 mil seguidores, para estimular a venda do “robô” que impulsionaria os investimentos digitais. O valor cobrado para acesso à ferramenta era R$ 1 mil.
“Além de rifa, na modalidade sorteio ilegal que ele praticava, o que chamava atenção era a captação de cliente para uma plataforma, que é hospedada em ilhas fiscais no Caribe”, explicou o delegado da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado, Márcio Rocha.
De acordo com a investigação, a ferramenta não teria autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é responsável por disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.
“Ela não pode atuar como investidora no Brasil, além do que ela não tem sede no Brasil, ela só tem sede nesse paraíso fiscal. Então, as pessoas, depois de tomar um prejuízo, não teriam nem como reclamar, porque a empresa não é sediada no Brasil”, explicou o delegado.
Além de sorteio ilegal, o grupo preso pela operação será investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Juntos, eles teriam movimentado cerca de R$ 3,5 milhões.
Informações por G1