Dengue, chikungunya e zika: saiba diferenciar sintomas
16 de fevereiro de 2024

'}}

Minas Gerais, bem como o Brasil todo, tem passado por uma epidemia de dengue. No último boletim do Ministério da Saúde, o estado já havia ultrapassado 60.000 casos confirmados e mais de 180.000 casos prováveis.

A chikungunya também têm tido um crescimento de casos e, nesse cenário, se torna importante entender as diferenças entre as três doenças transmitidas pelo mesmo vetor: o Aedes aegypti.

Apesar do mosquito transmissor em comum, as doenças possuem sintomas e riscos diferentes, como explica o médico infectologista Leandro Curi.

Por serem arboviroses, doenças virais, no começo pode ter sintomas muito parecidos que podem confundir. Inicialmente, a pessoa tem mal estar, pode ter febre alta, eventualmente dor no corpo e nas articulações. As doenças começam a se diferenciar com o passar dos dias”.

Chikungunya

Segundo o médico, a chikungunya tem como principal característica o aparecimento de edemas, ou seja, inchaço nas articulações e juntas. Além disso, a doença causa dores fortes no corpo, podendo ser incapacitante nas formas mais graves.

A chikungunya pode causar afastamento por incapacidade motora. As pessoas vão ter dor, com dificuldade de movimentação e de articulações adjuntas. Isso pode durar de três meses até três anos em alguns casos. Então a chikungunya pode afastar as pessoas de uma vida laboral justamente por dor e limitação de movimento”, explica Leandro Curi.

Dengue

A dengue, por sua vez, pode causar dor abdominal, sonolência e, em casos mais graves, hemorragias, problemas renais e hepáticos. Das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, é a que possui maior risco de óbito.

Reprodução: Secretaria de Saúde da Bahia

Zika

Para o médico Leandro Curi, a Zika é a doença mais branda para os pacientes adultos. Ela causa manchas menores no corpo, normalmente começando pelo tórax e irradiando para a cabeça e barriga. Além disso, pode causar febre e mal-estar. Seu maior risco, entretanto, é quando ocorre na gravidez.

O risco maior do zika na minha opinião é a teratogenia, ou seja, a malformações em crianças e bebês, como a microcefalia causada por Zika, que já causou um desespero no nosso país há uns anos e continua valendo”.

Como diagnosticar e tratar

O diagnóstico das arboviroses deve ser feito por meio de um exame clínico e sorológico. As doenças não possuem tratamento específico, e o médico deve mediar o paciente de acordo com os sintomas que aparecem.

Pessoas diferentes vão se desenvolver de sintomas diferentes da mesma doença. Alguns casos que não precisam de medicamento, são medidas mais caseiras mesmo. Todo mundo está suscetível a passar mal com qualquer uma dessas doenças, no entanto, crianças ou idosos, entre outros alguns grupos de imunidade mais baixa, estão mais suscetíveis à piora clínica”.

Prevenção

A principal prevenção, já que a campanha de vacina ainda não se iniciou no estado, é evitar que o mosquito transmissor se reproduza. Para isso, é essencial que as pessoas limpez bem suas casas e quintais e não deixem água parada.

O médico reforça ainda que "a gente tem que prevenir os focos do Aedes aegypti na fase seca e fria, ou seja, no inverno. Porque os ovos do mosquito duram mais de um ano nas calhas, nas bombonas, nos pneus, nos barris, nas paredes das piscinas, aguardando a chuva chegar para encontrar o ovinho e eclodir. Então a gente tem que fazer a limpeza desses locais com esponja de aço o ano todo para prevenir que esses ovos fiquem grudados e, quando chegar o verão, os ovos não existirem

Agora, durante o período do verão, é essencial realizar essas limpezas e tomar medidas como uso de repelentes, sobretudo nos grupos de risco.

Informações por Itatiaia e Agência Brasil