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UFV e governo de Minas se unem para identificar vetores de doenças como a dengue e febre amarela
14 de março de 2024

Os projetos objetivam identificar amostras de vetores de doenças causadas por vírus (dengue, febre amarela, Zika, chikungunya), bactérias e protozoários (causadores de malária, leishmaniose e doença de Chagas).

A UFV, por meio de projetos de extensão, atuará como centro colaborador da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES) na identificação e monitoramento de vetores de importância médico-veterinária em duas regiões do estado. Os projetos objetivam identificar amostras de vetores de doenças causadas por vírus (dengue, febre amarela, Zika, chikungunya), bactérias e protozoários (causadores de malária, leishmaniose e doença de Chagas).

No campus Viçosa, os serviços serão realizados no Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do Departamento de Biologia Geral, atendendo a 53 municípios da microrregião de Manhuaçu, Ponte Nova, Ubá e Viçosa. O projeto será coordenado pelo professor Gustavo Ferreira Martins. Em Rio Paranaíba, a coordenação será dos professores Rubens Pasa e Luanda Medeiros Santana, do Laboratório de Diagnósticos Moleculares, abrangendo 21 municípios da Superintendência Regional de Saúde de Patos de Minas.

De acordo com o convênio, as prefeituras enviarão amostras coletadas de insetos e carrapatos aos laboratórios da UFV, que serão responsáveis por identificar as espécies encontradas. A informação permitirá aos gestores públicos aprimorar o monitoramento dos vetores em seus locais de origem, avaliando as atividades desenvolvidas ou redirecionando medidas de controle populacional e prevenção de doenças relacionadas.

O professor Rubens Pasa explica que a identificação é fundamental para tomadas de decisão, uma vez que o laboratório poderia receber amostras de barbeiros, por exemplo, mas as espécies coletadas não serem, de fato, vetores do causador da doença de Chagas, o que mudaria o tratamento dado à informação recebida. No caso dos mosquitos, de acordo com o professor Gustavo Martins, é preciso diferenciar o Aedes aegypti de outras espécies semelhantes, como o Aedes albopictus, uma vez que eles são facilmente confundidos. “Um mosquito de cor escura, com pintas brancas, não significa que seja o Aedes aegypti". O Aedes albopictus, de origem asiática, chegou ao Brasil na década de 1980 e é encontrado na zona urbana e rural, sendo considerado um vetor secundário do vírus causador da dengue no mundo. Por enquanto, sem uma relação direta com a transmissão do vírus no Brasil”, diz ele.

Os recursos para a realização da identificação foram disponibilizados por meio de edital, como parte de uma iniciativa estadual para descentralizar as atividades relacionadas ao controle de doenças transmitidas por vetores. Atualmente, tais atividades estão concentradas na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, dificultando o monitoramento das populações de vetores em toda a extensa rede municipal de Minas Gerais.

O convênio assinado com a SES terá validade de um ano, com possibilidade de renovação. Os coordenadores realizarão adaptações em seus laboratórios para atender à demanda, contando com o apoio de técnicos e estudantes bolsistas, que serão capacitados no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Funed, em Belo Horizonte. Os testes deverão começar nas próximas semanas.

Divulgação Institucional UFV