Viçosa: MP recomenda adequações na gestão e fiscalização de contratos da prefeitura com hospitais
25 de julho de 2024

'}}

MPMG recomenda adequações na gestão e fiscalização de contratos da prefeitura de Viçosa com hospitais São João Batista e São Sebastião.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu uma recomendação à prefeitura de Viçosa para implementar ajustes na gestão, na participação social e no acompanhamento e monitoramento dos contratos firmados com os hospitais São João Batista e São Sebastião. A medida foi baseada em um relatório de auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS), publicado após a instauração de um processo administrativo de acompanhamento de políticas públicas pelo MPMG, com inspeções realizadas no biênio 2022-2023.

O relatório apontou diversos descumprimentos de obrigações contratuais por parte dos hospitais, que são geridos por entidades privadas com recursos públicos das três esferas. Entre as principais falhas encontradas, destacam-se:

  • Interrupções nos atendimentos do pronto-socorro do Hospital São Sebastião para usuários do SUS.
  • Omissão da prefeitura em relação à fiscalização e acompanhamento dos contratos.
  • Não aplicação de sanções por descumprimento de cláusulas contratuais.
  • Omissão do relatório de gestão de 2022 sobre o recebimento de emendas parlamentares e falta de prestação de contas dessas emendas.
  • Inatividade do Conselho Municipal de Saúde (CMS) na fiscalização do funcionamento das unidades e na averiguação do fechamento de leitos de UTI e interrupções de atendimento.

A recomendação do MPMG enumerou 11 medidas prioritárias que a prefeitura deve implementar, incluindo:

  1. Encerrar avaliações de contrato em aberto.
  2. Redigir regimento interno das Comissões de Acompanhamento dos Contratos (CACs) para garantir autonomia.
  3. Capacitar os membros dos CACs.
  4. Aplicar sanções aos hospitais quando necessário.
  5. Reavaliar as prestações de serviço dos hospitais entre 2022 e 2023, cobrando ressarcimentos por infrações ou documentos que comprovem a execução integral dos compromissos.

A prefeitura tem um prazo de 90 dias para implementar essas medidas. Caso opte por recusar os termos, deve comprovar com fundamentos e documentos, dentro de 15 dias, que já tomou medidas efetivas para resolver os problemas apontados.

Esta recomendação busca fortalecer a gestão e a fiscalização dos contratos de saúde em Viçosa, garantindo que os hospitais cumpram suas obrigações e que a prefeitura exerça seu papel de fiscalização de forma efetiva. Com a implementação dessas medidas, espera-se uma melhoria significativa na qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população.

Fonte: PMMG

publicidade

publicidade

publicidade