Essas reivindicações evidenciam a necessidade de investimentos em infraestrutura urbana e serviços públicos para melhorar a qualidade de vida dos moradores de Viçosa.
Na manhã desta quarta-feira, 30 de outubro, moradores da Rua Padre Álvaro Correia Borges, no bairro Nova Era, em Viçosa, participaram do quadro Montanhesa nos Bairros, da Rádio Montanhesa, para expor dificuldades de mobilidade e reivindicar melhorias. Entre as principais queixas estão as calçadas desniveladas, veículos abandonados e a necessidade de limpeza do ribeirão que passa pela região, questões que impactam o cotidiano e a segurança dos residentes, especialmente crianças, idosos e pessoas com deficiência.
Um dos moradores, Fernando, que é deficiente visual, relatou ter enfrentado grandes dificuldades ao caminhar pela calçada da rua, onde há várias escadas que complicam seu deslocamento seguro. Situações como essa expõem perigos adicionais para crianças e idosos, que, assim como pessoas com deficiência, são mais vulneráveis em áreas urbanas que não oferecem acessibilidade. Em busca de esclarecimentos e soluções, nossa reportagem procurou o Geoprocessamento, Planejamento e Meio Ambiente do Município de Viçosa (GEOPLAN). Fomos informados de que o município está notificando proprietários de imóveis com calçadas irregulares, e que situações como a da Rua Padre Álvaro devem ser comunicadas ao setor de fiscalização para as devidas adequações.
Outro problema relatado pelos moradores é a presença de veículos aparentemente abandonados na via. Segundo os relatos, esses veículos estão há muito tempo no local, acumulando sujeira e dificultando o trânsito na rua, que é trajeto de ônibus coletivos e tem grande fluxo de veículos. Carros abandonados nas vias podem se tornar depósitos de lixo e entulho, servir de abrigo para animais e insetos, e ainda poluem visualmente o espaço público. Questionada sobre o problema, a Diretoria de Trânsito de Viçosa informou que, apesar de uma legislação municipal que coíbe o abandono de veículos, a prefeitura ainda não dispõe de um espaço adequado para armazená-los após a remoção.
Além dessas questões, os moradores também demonstraram preocupação com o ribeirão que passa atrás das residências. Segundo eles, o mato alto e a falta de limpeza têm gerado mau cheiro nos períodos de seca e risco de enchentes na época das chuvas. Eles pedem providências para garantir a segurança e a saúde de todos.