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SAAE prevê concluir ETE Barrinha em dezembro
13 de agosto de 2025

Estação deve iniciar operação assistida em março de 2026 e atender 60% da população urbana de Viçosa

Durante reunião ordinária da Câmara de Viçosa, realizada na segunda-feira (11), representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) apresentaram o andamento das obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Barrinha. O convite partiu do vereador Professor Idelmino (PCdoB), que destacou a urgência na conclusão do empreendimento, iniciado há 11 anos.

A diretora-presidente do SAAE, Mausarene Guedes, informou que a obra está com 70,5% de avanço físico-financeiro e tem previsão de conclusão em dezembro de 2025. A operação assistida deverá começar em março de 2026, atendendo cerca de 60% da população urbana — aproximadamente 40 mil habitantes.

Instalada na região da Fazenda Fortes, no bairro Barrinha, a ETE ocupa um terreno de 17 mil m² e terá capacidade para tratar até 160 litros de esgoto por segundo. O projeto é considerado estratégico para o cumprimento do Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020), que estabelece meta de 90% da população com tratamento de esgoto até 2033.

O histórico da obra registra paralisações e trocas de empreiteiras. Os estudos começaram em 2008, e o projeto básico foi elaborado em 2011. O primeiro contrato, assinado em 2014 com a Construtora JRN, previa execução em dois anos, mas a empresa abandonou o trabalho com 20% concluído, resultando em ação judicial e penalidades.

A construção foi retomada em maio de 2020 pela Perfil Engenharia, com paralisações temporárias entre 2021 e 2023. Até agora, o município empenhou R$ 31,2 milhões, sendo R$ 13,7 milhões do PAC II, R$ 7,5 milhões via FINISA (2020) e R$ 10 milhões também pelo FINISA (2022). Do total, R$ 20,4 milhões já foram pagos às empresas responsáveis.

Para finalizar, o SAAE estima necessidade de mais R$ 4,5 milhões. A autarquia pretende utilizar R$ 3,5 milhões de rendimentos aplicados, aguardando liberação da Caixa, e o restante será coberto pela arrecadação da taxa de coleta de esgoto.

Mausarene apontou que falhas de gestão e problemas nos projetos originais atrasaram o andamento. Segundo ela, a autarquia adotou medidas para evitar que situações semelhantes ocorram em outras obras, como no projeto da ETA III, que já conta com empresa especializada no gerenciamento desde o início.

Informações: SAAE