Ação conjunta em quatro estados apura produção e comercialização de cigarros clandestinos com movimentação de R$ 50 milhões.
A Receita Estadual de Minas Gerais, ligada à Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG), em ação coordenada com a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal, deflagrou nesta terça-feira, 26 de agosto, a operação Sinal de Fumaça II. A operação investiga a produção, distribuição e comercialização de cigarros clandestinos ou sem regularidade fiscal. A estimativa é que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 50 milhões.
A ação foi executada em quatro estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. As autoridades expediram 23 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão. Em Minas Gerais, os alvos dos mandados de busca e apreensão incluem seis locais em Belo Horizonte e dois em Uberaba. A operação focou em depósitos, escritórios e residências de indivíduos suspeitos de envolvimento no esquema. Um dos mandados de prisão foi expedido contra um suspeito residente em Belo Horizonte.
O trabalho de investigação contou com a participação de 20 auditores fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais. O grupo incluiu especialistas em duplicação forense de arquivos digitais, que foram essenciais para a coleta e preservação de provas em meios eletrônicos. Esta etapa da investigação contribuiu para a análise das operações irregulares, o rastreamento das movimentações financeiras e a identificação de mecanismos de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
De acordo com os levantamentos, a organização criminosa possuía uma estrutura articulada, com membros posicionados para garantir a continuidade das fraudes e ocultar a origem dos recursos ilícitos. A atuação integrada dos órgãos de fiscalização reuniu elementos que fundamentam acusações de sonegação fiscal, organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Além dos auditores fiscais estaduais, a operação teve a participação de 13 auditores e analistas tributários da Receita Federal e 69 policiais federais. A ação coordenada demonstra a importância da integração institucional no combate a crimes tributários e à criminalidade organizada. A participação da Receita Estadual de Minas Gerais reforça seu papel no enfrentamento à sonegação fiscal, na defesa do erário público, na preservação da concorrência leal e na proteção da sociedade.
Informações: Agência Minas