
A Força-Tarefa Previncêndio é coordenada pela Semad e pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), com participação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Defesa Civil Estadual (Cedec), Polícia Militar, Polícia Civil, Seapa, Ibama e ICMBio.
A aproximação do período de chuvas mais intensas e regulares foi o principal destaque da 5ª Reunião Ordinária da Força-Tarefa Previncêndio, realizada nesta terça-feira (18/11). O encontro reuniu órgãos estaduais e federais responsáveis pela prevenção e combate a incêndios florestais para apresentar os resultados das ações integradas de 2025 e o panorama das ocorrências registradas em Minas.
Segundo o meteorologista do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Heriberto dos Anjos Amaro, a previsão de chuvas mais regulares vem se confirmando desde outubro, com expectativa de volumes ainda maiores entre novembro e janeiro de 2026. “É um cenário diferente de 2024, quando o período seco se prolongou. Ainda assim, algumas regiões, como o Triângulo, necessitam de precipitações mais volumosas”, destacou.
Esforço conjunto no combate ao fogo
Durante a reunião, os participantes ressaltaram o trabalho articulado entre as instituições na adoção de medidas preventivas e no combate direto ao fogo durante a estiagem. A coordenação integrada permite mobilização rápida de equipes, aeronaves e equipamentos em diferentes regiões do Estado.
O secretário de Estado Adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Leonardo Rodrigues, destacou os resultados do trabalho conjunto. “O resultado é positivo, permitindo respostas céleres e preservando a biodiversidade”, afirmou.
O coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Thiago Duarte, reforçou o amadurecimento da comunicação entre os órgãos parceiros. “É notória a evolução na integração das instituições, o que contribuiu para respostas mais rápidas e resultados mais eficazes”, disse.
A Força-Tarefa Previncêndio é coordenada pela Semad e pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), com participação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Defesa Civil Estadual (Cedec), Polícia Militar, Polícia Civil, Seapa, Ibama e ICMBio.
Balanço das ocorrências em Unidades de Conservação
O coordenador de Informações da Gerência de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF, Anderson Campos, apresentou os números atualizados até novembro de 2025. Foram registradas 389 ocorrências de incêndios dentro de unidades de conservação e outras 286 no entorno, totalizando uma área queimada de 21 mil hectares internamente e 17,4 mil hectares externamente. Já estão contabilizadas mais de 70% de todas as ocorrências registradas pelo IEF.
O Parque Estadual Serra do Cabral, no Norte de Minas, registrou o maior número de ocorrências (80), sendo 37 no interior e 43 no entorno. Em seguida aparece o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 63 registros — 22 dentro da unidade e 41 na área externa.
Apesar de atingidos pro incêndios, essas duas UCs apresentaram resultados bastante positivos, com áreas atingidas pelo fogo equivalendo-se aos anos de registros de menor área queimada desde o início da série histórica, inciada em 2013.
Em relação à área atingida nas demais UCs, as maiores perdas ocorreram nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Cochá e Gibão e Rio Pandeiros, ambas no Norte de Minas. Cochá e Gibão teve 6,1 mil hectares queimados, enquanto a APA Rio Pandeiros registrou 5,2 mil hectares afetados pelo fogo. “Importante destacar que desde 2016, essas APas vem apresentando resultados muito positivos na redução das áreas acometidas pelo fogo, à exceção de 2021, fruto do trabalho do IEF e de seus parceiros”, afirmou o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF, Rodrigo Bueno Belo
Com a previsão de chuvas mais regulares, a Força-Tarefa projeta o encerramento gradual da temporada crítica de incêndios, mantendo a articulação entre as instituições para garantir resposta rápida e proteção dos ecossistemas mineiros.
Ascom/Sisema