Orçamento das universidades federais tem corte de R$ 488 milhões para 2026
24 de dezembro de 2025

Redução aprovada no Congresso afeta recursos destinados ao funcionamento das instituições
As universidades federais brasileiras terão redução de R$ 488 milhões no orçamento previsto para o ano de 2026. O corte ocorreu após a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual pelo Congresso Nacional. A informação foi divulgada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
De acordo com os dados apresentados pela associação, o orçamento inicialmente previsto para as universidades federais era de R$ 6,89 bilhões. Com a alteração aprovada, o valor destinado às instituições caiu para cerca de R$ 6,43 bilhões. O novo montante também fica abaixo do orçamento executado em 2025, que somou R$ 6,82 bilhões.
A redução representa um corte de 7,05% nos chamados recursos discricionários das universidades federais. Esses recursos são utilizados para custear despesas básicas e operacionais das instituições. Entre elas estão contas de água e energia elétrica, serviços de manutenção, pagamento de contratos, concessão de bolsas de estudo e outras ações ligadas ao funcionamento diário das universidades.
Em nota oficial, a Andifes se manifestou sobre a decisão aprovada pelo Congresso. A entidade afirmou que a redução aprofunda um cenário já considerado crítico para as universidades federais. Segundo a associação, o impacto do corte atinge áreas essenciais para a manutenção das atividades acadêmicas e administrativas.
A nota destaca que a assistência estudantil sofreu uma redução de R$ 100 milhões dentro do novo orçamento. Esses recursos são destinados a programas que atendem estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por meio de auxílios e bolsas. A associação aponta que a diminuição compromete a continuidade dessas ações.
Além disso, a Andifes informou que o corte orçamentário coloca em risco o financiamento de pesquisas científicas. Segundo a entidade, a redução pode afetar repasses realizados por agências de fomento, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
As universidades federais dependem dos recursos discricionários para manter atividades acadêmicas, administrativas e de pesquisa. A Andifes reforçou que a limitação orçamentária afeta diretamente o planejamento das instituições para o próximo ano. O orçamento aprovado define o teto de gastos disponível para 2026, conforme estabelecido na Lei Orçamentária Anual.