Depois de confirmado o primeiro caso de coronavírus em Muriaé, o prefeito Ioannis Konstantinos Grammatikopoulos – Grego (DEM) anunciou, neste domingo (29), a revogação do decreto que permitia a reabertura de grande parte dos estabelecimentos a partir desta segunda-feira (30). Portanto, continua valendo a determinação anterior de funcionamento apenas dos serviços essenciais.
A informação foi divulgada ao vivo em uma transmissão de vídeos nas redes sociais e também contou com a participação do médico infectologista, Daniel Lucy, e do secretário de Saúde, Paulo César de Oliveira, que fazem parte do Comitê Gestor criado para definir ações de prevenção e combate à Covid-19.
O fechamento de estabelecimentos comerciais e outros serviços em Muriaé está em vigor desde o dia 21 de março, quando foi emitida uma determinação por parte da Prefeitura.
O prefeito afirmou no vídeo que o resultado positivo do teste foi conhecido pelo Município na noite deste sábado (28) e outros três foram descartados. "Depois da reunião do Comitê na quinta-feira, em 48 horas, tivemos um aumento de 50% no número dos casos suspeitos em Muriaé. O contágio do coronavírus é extremamente veloz e, por isso, a importância de ficar em casa. Apenas com essa consciência coletiva poderemos, juntos, combater a disseminação na cidade de Muriaé".
"A gente precisa sair da discussão de que não há Saúde sem Economia. Mas também não temos como preservar todo sistema econômico enquanto a população definha devido à pandemia. Não estamos mais numa discussão de salvar Saúde ou Economia. As duas caminham juntas. E diante deste fato novo, levamos uma proposta para o Comitê para que a decisão de quinta-feira de reabertura parcial do comércio a partir de amanhã fosse suspensa. Diante disso, comunico oficialmente que o Comitê Extraordinário suspende a autorização para o retorno gradativo das atividades comerciais em Muriaé", afirmou Grego.
O secretário de Saúde disse que os profissionais estão habilitados a acompanhar o paciente com a Covid-19 e também os com suspeita em investigação da doença.
"O lockdown (bloqueio ou quarentena) nos deu um prazo muito importante para montarmos todo um esquema para atendimento a esses pacientes. Um tempo sem cirurgias eletivas e menos acidentes de trânsito. Com isso, tivemos menor volume de internação em UTI. Hoje, temos nossas UTIs em condições já programadas para receber casos que tenham necessidade desse atendimento", afirmou Oliveira.
Por G1