A Prefeitura de Ubá divulgou na tarde desta quarta-feira (8) uma nota oficial com informações sobre as consequências da forte chuva que atingiu a cidade na noite de terça-feira (7). O levantamento apontou para 60 mil pessoas afetadas, sendo que 432 estão desalojadas.
De acordo com o Executivo, o município registrou a maior enchente da história, superando as outras duas grandes, ocorridas também neste ano, nos meses de janeiro e março. Diante da situação, a Prefeitura decretou situação de emergência no Diário Oficial do Município.
Durante a chuva, ocorreu transbordamento do rio, alagamentos e outros transtornos à população. A Defesa Civil informou que durante duas horas choveu cerca de 128 milímetros e que o Ribeirão Ubá subiu cerca de oito metros.
Pelo menos dois imóveis desabaram em consequência das chuvas no Bairro Waldemar de Castro e na Rua Rio Grande do Sul, no Bairro Triângulo. Ninguém ficou ferido.
Após o levantamento realizado pela Prefeitura, foi solicitado que a população faça uso consciente da água, tendo em vista que as duas estações de tratamento de água que abastecem a cidade foram afetadas.
Além disso, a passarela provisória do Bairro Fazendinha foi levada pela força das águas e a estrada de acesso ao bairro é a alternativa de passagem. O distrito de Miragaia está sem acesso, devido à queda de uma ponte de concreto.
Em nota, a Prefeitura destacou que diversos problemas decorrentes das enchentes anteriores foram agravados, como nas cabeceiras das pontes e registros de erosões.
Entre os locais afetados pelas chuvas estão: Centro, Waldemar de Castro, Solar de Ubá, Santa Edwiges, Travessa Perim, Paulino Fernandes, Triângulo, entre outros, além de diversas comunidades rurais.
O Corpo de Bombeiros registrou 17 chamados, a maior parte relacionados a pessoas ilhadas em veículos, residências e estabelecimentos.
Para recuperar a normalidade e minimizar os impactos à população, desde as primeiras horas desta quarta-feira as equipes de limpeza das secretarias de Ambiente e Obras estão trabalhando. A Prefeitura conta também com a ajuda de outros municípios.
O levantamento do número de famílias afetadas é realizado pelas equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social. Nas áreas em situação mais crítica, é feita a distribuição de ajuda humanitária com kits de limpeza e cestas básicas.
Além disso, equipes da Prefeitura atuam também no apoio ao Asilo São Vicente de Paulo. No local, foi realizada limpeza, doação de colchões e outros materiais.
Interessados a fazerem doações para atendimento das pessoas afetadas podem entregar os materiais no Fórum Cultural, localizado na Praça São Januário, de 7h às 17h.
Segundo a Prefeitura, os principais itens necessários são água mineral, alimentos não perecíveis, materiais de limpeza, botas de plástico, rodos, vassouras, luvas, baldes e pano de chão.
Por G1