Meio Ambiente, Saúde & Bem Estar
Caramujos africanos deixam a população de Viçosa com medo
22 de dezembro de 2015

Com a chegada das chuvas  e o aumento das temperaturas a população redobra a atenção ao mosquito da dengue, e agora os viçosenses tem mais uma preocupação o caramujo africano, que transmite doenças que podem levar a morte.

O caramujo africano foi introduzido no Brasil na década de 1980 em substituição ao escargot, molusco comestível da culinária francesa, o caramujo africano não foi aceito no meio culinário e por isso ele foi descartado de formar irresponsável no meio ambiente. Por não ser nativo do Brasil o caramujo africano não têm predadores naturais, e se tornou uma grande praga nas lavouras. O caramujo africano gosta de ficar em locais quentes e de água parada e abundância de alimentos, um local perfeito para eles são as hortas.

Segundo denuncias de alguns moradores, nos últimos dias tem aparecido diversos focos do caramujo pela cidade, inclusive há uma infestação do bicho na esquina da rua Francisco Machado com a Travessa Purdue no centro da cidade.

Márcia Magalhães moradora do Bairro Estrelas em Viçosa, nos relatou que seu quintal e de seus seus vizinhos  é cheio do caramujo, e que eles já destruíram todas as hortas. Ela ainda nos disse que já chegou  catar várias latas de 9 litros de óleo de cozinha cheias de caramujos.

Veja algumas fotos que ela nos enviou do seu quintal:

Foto retirada por Marcia Magalhães em eu quintal.
Foto retirada por Marcia Magalhães em eu quintal.

Foto retirada por Marcia Magalhães em eu quintal.
Foto retirada por Marcia Magalhães em eu quintal, que se encontra há anos infestado pelos caramujos que já destruíram sua horta.

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Doenças transmitidas pelo caramujo

O caramujo africano é um risco á saúde pública, já que o mesmo transmite a meningite meningocócica, de sintomas variáveis podendo levar a morte e a  angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite.

Segundo  o Chefe do Setor de Vigilância em Saúde Ronilsom da Silva, em Viçosa existe diversos pontos onde o caramujo se reproduz e vive, principalmente nos terrenos baldios e lotes que se encontram sujos. Ronilsom disse que, o setor de epidemiologia da Prefeitura não conta com um número de funcionários suficiente para combater o caramujo e que os próprios moradores devem realizar o combate ao caramujo.

Ronilsom nos informou que não existem casos de pessoas contaminadas pelo caramujo na cidade, isso graças ao medo que a população tem de encostar no bicho. Quando os agentes epidemiológicos recebem denuncias de focos do caramujo eles entregam aos moradores panfletos e os orienta como deve ser realizado o combate.

Cuidados em relação ao caramujo africano

As pessoas não devem consumir o caramujo;

Em importante lavar bem as hortaliças, verduras e frutas com água corrente e deixar de molho em solução de água sanitária a 2,5% (uma colher de sopa de água sanitária diluída em um litro de água) durante 15 a 30 minutos. Outra maneira é deixar de molho em vinagre (uma colher de sopa de vinagre para um litro de água). Esse procedimento deve ser realizado se houver infestação do caramujo onde os alimentos foram colhidos ;

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Não se deve tocar no caramujo sem a proteção de luvas;

Caso você tenha contato direto com o caramujo deve ser realizado a limpeza da região  com água e sabão;

Você não pode  transportá-los nem jogá-los vivos em terrenos baldios, ruas, matas e etc.

Como fazer o combate 
O controle restringe-se, basicamente, à catação manual periódica desses animais e dos ovos (proteção das mãos com uso de luvas ou sacos plásticos) e posterior eliminação é recomendável que seja realizada a queima do caramujo. Pode-se também coletar os caramujos, esmagá-los e enterrá-los, acrescentando uma colher de cal virgem para evitar a contaminação do solo.caramujos_1_1

Ronilsom ressalta que apenas matar o caramujo não vai acabar com a infestação, já que dentro da concha existem diversos ovos que podem dar origem a novos caramujos.