Pimentel corta R$ 2 bilhões do orçamento de 2016
24 de fevereiro de 2016

Dois bilhões de reais serão cortados do orçamento de Minas Gerais em 2016, conforme anúncio do governador Fernando Pimentel na tarde desta segunda-feira, no Palácio da Liberdade, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O governo afirma que o contingenciamento "tem como prioridade o pagamento da folha dos servidores".

Pimentel anuncia corte de R$ 2 bilhões no orçamento do estado.
Pimentel anuncia corte de R$ 2 bilhões no orçamento do estado.

A redução de gastos ocorre devido ao cenário fiscal do estado. Pimentel criticou a gestão anterior e alegou ter recebido uma administração desequilibrada. "Estamos fazendo um esforço muito grande para ajustar as contas do estado. Então é um momento que exige decisões corajosas, é um momento difícil, mas nós vamos enfrentar."

O governador declarou que essa é a pior crise de Minas em cerca de 30 anos, mas que os cortes não deverão afetar a prestação de serviços à população na Saúde, Educação e Segurança, e nem nos programas sociais.

De acordo com Fernando Pimentel, novas medidas para equilibrar as contas do estado serão anunciadas nos próximos dias.

Mesmo com o anúncio, o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, garantiu que os compromissos com os servidores serão cumpridos. Dentre eles, o piso salarial dos professores. Ele não apontou, porém, quando isso ocorrerá e afirmou que haverá dilatação dos prazos.

Supersalários no governo mineiro

Helvécio também foi questionado sobre o pagamento de supersalários aos secretários de governo, que passam de R$ 50 mil por mês, e são turbinados por gratificações de empresas como a Cemig. As remunerações não sofreram corte.

'É importante esclarecer para a população, foi uma boa pergunta, que isso faz parte da luta política. Não falta objetos claros de oposição na assembleia por parte de alguns partidos ao Governo do Estado, eles ficam inventando coisas e factóides. Essa questão do salário todo mundo acompanha porque está na internet, é até um dos motivos para essa discussão”, esquivou. Para ele, a remuneração em Minas está aquém das responsabilidades.

“O salário do governador é o segundo pior do Brasil. Um Estado como Minas Gerais está só depois de Pernambuco. O dos secretários é a mesma coisa, até menor. Diria que muito aquém das responsabilidades e dos desafios. E a questão das empresas é estatutário, é legal. São empresas não dependentes do tesouro, que têm arrecadação própria e está tudo perfeitamente dentro dos seus estatutos e também na Internet. Não tem nada de supersalários. São remunerações legais, devidas e publicamente acompanhadas. Não tem nenhum exagero e isso faz parte da luta, ainda que as vezes inconveniente, está no jogo democrático”, disse.

 

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