Após deflagração da Operação Recanto das Cigarras no Campus Viçosa da UFV para desarticular um esquema de funcionários da instituição que desviava alimentos, produtos de limpeza e mais de R$2 milhões repassados pelo governo federal para a UFV nos últimos dez anos de dentro do restaurante universitário da UFV.
Todos os investigados pela operação foram afastados pela justiça e proibidos de frequentar o campus da universidade e de manter qualquer tipo de contato com os funcionários que trabalham no campus Viçosa. A informação foi dada pelo delegado Ronaldo Campos que é responsável pela operação “Recanto das Cigarras”, que aconteceu no campus da universidade e na casas dos suspeitos.
Em entrevista a Rádio Montanhesa o delegado afirmou que os oitos suspeitos de desvios de recursos do restaurante foram ouvidos pela manhã e liberados na tarde de quarta 20. Os Outros dois envolvidos estão em prisão domiciliar em Viçosa, de acordo com o delegado os presos controlavam ou manipulavam os alimentos. Um deles era responsável pelo estoque do restaurante e o outro era o motorista que fazia o transporte dos alimentos dos estoques da UFV para o restaurante.
A Justiça Federal proibiu os envolvidos no esquema de acessar qualquer dependência da UFV ou de manter contato com os funcionários que prestam serviços para a UFV.
O delegado Ronaldo Campos informou ainda que foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e oito de condução coercitiva, quando o investigado é obrigado a ir depor para a polícia, todos os mandatos foram expedidos pela Justiça Federal de Viçosa. Campos disse que a UFV colaborou com as investigações. E em nota enviada a imprensa a UFV disse que assim que ficou sabendo por meio de denuncias do esquema de desvio de alimento informou a PF para que o caso fosse investigado.
Ainda em entrevista a Rádio Montanhesa o delegado disse que as investigações sobre o caso começaram em junho deste ano, com apurações de desvio de alimentos e de produtos de higiene do estoque da UFV. Campos informou que há suspeita é que o grupo agia há mais de dez anos e teria causado um prejuízo estimado em R$ 2 milhões por ano, de acordo com cálculos da universidade.
Se for comprovado o desvio, os funcionários investigados poderão responder por peculato e associação criminosa, com penas que vão de um a 12 anos de prisão. A operação contou com 70 policiais federais de diversas cidades do estado e foi coordenada pela Delegacia da Polícia Federal de Juiz de fora.