Servidores investigados por desviar alimentos e dinheiro da UFV são afastados pela justiça
25 de julho de 2016

Após deflagração da Operação Recanto das Cigarras no Campus Viçosa da UFV para desarticular um esquema de funcionários da instituição que desviava alimentos, produtos de limpeza e mais de R$2 milhões repassados pelo governo federal para a UFV nos últimos dez anos de dentro do restaurante universitário da UFV.

Todos os investigados pela operação foram afastados pela justiça e proibidos de frequentar o campus da universidade e de manter qualquer tipo de contato com os funcionários que trabalham no campus Viçosa. A informação foi dada pelo delegado Ronaldo Campos que é  responsável pela operação “Recanto das Cigarras”, que aconteceu no campus da universidade e na casas dos suspeitos.

Em entrevista a Rádio Montanhesa o delegado afirmou que os oitos suspeitos de desvios de recursos do restaurante foram ouvidos pela manhã e liberados na tarde de quarta 20. Os Outros dois envolvidos estão em prisão domiciliar em Viçosa, de acordo com o delegado os presos controlavam ou manipulavam os alimentos. Um deles era responsável pelo estoque do restaurante e o outro era o motorista que fazia o transporte dos alimentos dos estoques da UFV para o restaurante.

Equipe da PF dentro do Campus da UFV. Foto: G1
Equipe da PF dentro do Campus da UFV. Foto: G1

A Justiça Federal proibiu os envolvidos no esquema  de acessar qualquer dependência da UFV ou de manter contato com os funcionários que prestam serviços para a UFV.

O delegado Ronaldo Campos informou ainda que foram  cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e oito de condução coercitiva, quando o investigado é obrigado a ir depor para a polícia, todos os mandatos foram  expedidos pela Justiça Federal de Viçosa. Campos disse que a  UFV colaborou com as investigações. E em nota enviada a imprensa a UFV disse que assim que ficou sabendo por meio de denuncias do esquema de desvio de alimento informou a PF para que o caso fosse investigado.

Ainda em entrevista a Rádio Montanhesa o delegado disse que as investigações sobre o caso começaram em junho deste ano, com apurações de desvio de alimentos e de produtos de higiene do estoque da UFV. Campos informou que há suspeita é que o grupo agia há mais de dez anos e teria causado um prejuízo estimado em R$ 2 milhões por ano, de acordo com cálculos da universidade.

Se for comprovado o desvio, os funcionários investigados poderão responder por peculato e associação criminosa, com penas que vão de um a 12 anos de prisão. A operação contou com 70 policiais federais de diversas cidades do estado e foi coordenada pela Delegacia da Polícia Federal de Juiz de fora.

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