Cidade, Esportes
ABANDONO E FALTA DE SEGURANÇA NOS LOCAIS DESTINADOS AO ESPORTE EM VIÇOSA É DEBATIDO
17 de março de 2017

Foi realizada na última quarta-feira 15, uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Viçosa para tratar da situação muitas vezes de abandono das quadras e espaços de lazer e esporte na cidade de Viçosa. Entre as discussões estavam o abandono total da AEV e o descaso com as quadras poliesportivas das escolas da cidade, que segundo diretores e professores estão abandonadas e invadidas. Outro ponto destacado é a falta de segurança nas academias ao ar livre.

Audiência Pública que discutiu a situação das quadras da cidade.

O Vereador Geraldão apresentou, em imagens, vistorias realizadas nos sete locais a fim de mostrar a situação atual dos complexos esportivos. Estiveram em pauta o Complexo da AEV (Associação Esportiva Viçosense), as quadras cobertas dos Distritos de Cachoeira de Santa Cruz e São José do Triunfo, do Centro Municipal de Educação Dr. Januário Andrade Fontes e das Escolas Municipais Ministro Edmundo Lins, Nossa Senhora de Fátima, no bairro Laranjal e José Teotônio Pacheco no Nova Viçosa.

Também entraram em discussão as obras das Academias de Saúde do município. Entre as demandas e os problemas averiguados, Geraldão destacou o atraso na maioria das entregas das obras, a qualidade do serviço prestado pelas construtoras, a segurança no entorno e o abandono de algumas instalações.

O Tenente Aguiar da Polícia Militar representante da 10º Cia de Polícia Militar Independente de Viçosa destacou o trabalho de conscientização e parceria com a população para garantir a segurança nos complexos esportivos. Segundo o Tenente, “a PM tem buscado se aproximar ainda mais da sociedade com medidas de prevenção nesses locais”.

A construção da Academia da Barrinha está atrasada.

A segurança também foi pontuada na fala da Diretora do Centro Municipal de Educação Dr. Januário Andrade Fontes, Professora Márcia Andrade: “foi um presente imenso para a escola, porém hoje temos invasão, uso de drogas e vários outros problemas porque a quadra está desprotegida”, alertou. A professora afirmou ainda que, com a entrega oficial da quadra, “a inserção de atividades com a comunidade pode solucionar boa parte das ocorrências”.

Deficiências nas estruturas dos complexos foram amplamente reportadas pelos presentes. O Presidente do Ponte Preta Futebol Clube, Erli de Souza, relatou que a quadra do Distrito de Cachoeira de Santa Cruz nunca recebeu reparos: “foi colocada lá há 12 anos e não tiveram controle. Fizemos por conta própria uma pequena reforma mas muitos problemas, como alagamento quando chove, ainda existem”. A Professora da E.M. Ministro Edmundo Lins, Ana Cláudia de Assis, disse que os problemas começaram já no dia da inauguração: “desde a entrega, em 2016, a pintura do piso está soltando e refletores queimaram por falha elétrica, nos impedindo de usar o espaço à noite”.

A quadra de São José do Triunfo está abandonada há 12 anos.

O representante da Associação de Capoeiristas, Cristiano Silva, falou sobre o espaço da AEV: “a prática da capoeira exige uma estrutura mínima. É triste ver as coisas por lá se acabando, está bem precária a situação do ginásio”, afirmou. O responsável pelo Departamento de Esporte e Lazer, Adaílson Monteiro, esclareceu que o projeto da AEV foi readequado para o orçamento disponível: “o valor proveniente de emenda parlamentar é de RS268 mil, pouco para o tamanho do complexo”, declarou.

O público presente no Plenário também se manifestou, relatando irregularidades no tamanho das quadras, na manutenção e pedindo mais atenção do Poder Público ao esporte e lazer no município.

Como encaminhamentos da Audiência Pública, o Vereador Geraldão afirmou que será solicitada a manutenção das quadras construídas; a designação de um profissional responsável por cada uma; um órgão da Prefeitura para responder pelas quadras municipais; a construção de novas quadras seguindo parâmetros adequados, como o tamanho oficial para a prática de esportes; a intensificação de campanhas da Polícia Militar de prevenção da violência nos bairros; maior liberdade executiva aos chefes de departamentos responsáveis pelas obras; e apoio ao Projeto de Extensão desenvolvido pela Associação Atlética Acadêmica da UFV.