É o aumento na produção ou na atuação dos hormônios tireoidianos (HT).
Normalmente, esse aumento é causado pela Doença de Graves, mas neoplasias, infeções, inflamações da glândula e medicamentos podem atuar aumentando a produção hormonal.
Na Doença de Graves, de caráter autoimune, anticorpos anormais estimulam a glândula tireoide a produzir uma quantidade excessiva de HT. No caso de gestantes, esses anticorpos podem cruzar a placenta e estimular a tireoide no feto e causar hipertireoidismo congênito.
Como os HT atuam no metabolismo, os sintomas do hipertireoidismo é a aceleração de algumas funções metabólicas.
Por isso em crianças e adolescentes ocorre emagrecimento, hiperatividade, sudorese, aumento da temperatura, insônia, cansaço, tremores, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial e até atraso no desenvolvimento.
Em recém nascidos e bebês, os sintomas incluem irritabilidade, problemas de alimentação, hipertensão arterial, frequência cardíaca acelerada, olhos saltados, bócio congênito e anomalias do crânio. Outros sintomas incluem vômitos e diarreia.
O diagnóstico é feito a partir da suspeita clínica com ajuda de exames laboratoriais (dosagem de TSH e T4livre principalmente) e exames de imagem (normalmente ultrassonografia).
O tratamento inclui medicamentos antitireoidianos (mais usados) como Metimazol, para diminuir a produção dos HT, betabloqueadores no caso do aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial e iodo radioativo (só para crianças acima de 10 anos) ou cirurgia para retirada de nódulos em alguns casos não responsivos aos medicamentos antitireoidianos. No caso de tireoidite aguda, pôde-se tratar também com antibióticos.
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Por Isabela Ferreira de Castro.
Endocrinologista Pediátrica
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