De acordo com Ambrósio, tudo começou há sete anos. "Como eu sou professor convidado em uma universidade da Califórnia, eu levei o projeto para ser avaliado por vários professores. Pedi também para agendar com vários especialistas da área".
Conforme o endocrinologista, após as conversas ele começou a acreditar na ideia. "Com esse empurrão, eu tomei coragem de acreditar que eu tive uma ideia inovadora. A gente sempre pensa como ninguém nunca pensou nisso antes". Com isso, o médico solicitou a patente, que foi registrada.
Cláudio afirmou que a intenção é que o órgão possa ser monitorado e tenha baixo custo, a fim de poder beneficiar pessoas de diferentes classes sociais.
"Eu quis simplificar e baratear o máximo possível para todas as pessoas poderem ter acesso - desde a de mais poder aquisitivo até as pessoas mais simples, e principalmente países como os da África, por exemplo, onde as condições são mais difíceis".
Segundo o médico, a principal diferença do aparelho para os que já estão circulando no mercado é que ele é capaz de medir a hipoglicemia - distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue e que pode afetar pessoas portadoras ou não de diabetes.
Em prática
Como exemplo, o metabologista exemplificou o caso de uma pessoa com câncer. "Neste evento, o órgão será retirado da pessoa e, após isso, o pâncreas biônico será implantado no corpo do paciente, que fará as mesmas funções", contou.
O equipamento será instalado do lado de fora do corpo do paciente. "Na próxima fase, será o desenvolvimento, a refinação. Vamos fazer os testes clínicos exigidos, por exemplo, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para depois ficar disponível".
Ambrósio ainda explicou que "o fato de fazer o teste em humanos é apenas uma necessidade técnica e legal", finalizou.
Fonte: G1.