Parcialidade marca encontro da assembleia popular regional sobre os impactos da mineração
12 de março de 2020

No último sábado (07/03), foi realizada a Assembleia Popular Regional sobre os Impactos da Mineração, no município de Teixeiras. A reunião, convocada pelo MAM - Movimento dos Atingidos pela Mineração, tinha a intenção de discutir alguns pontos colocados pelos moradores locais a respeito das atividades da Zona da Mata Mineração (ZMM) e seus impactos na área.

A mesa de debate que coordenou a assembleia foi composta pelo padre Geraldo, José Ignácio Esperança Fonseca, assessor jurídico do NACAB, Marilda Teles, coordenadora do Laboratório de Estudos Territoriais junto ao departamento de Geografia da UFV, Jean Carlos Martins Silva, coordenador do MAM, Jherson Morais, da ASPLAN, e dois representantes da comunidade, Rita de Cássia Dias e Gilmar Fialho de Freitas.

A assembleia também contou com a participação de moradores das comunidades locais, membros do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, membros e representantes de partidos políticos e de funcionários da mineradora, que fizeram questão de participar, visto que a direção da ZMM não foi convidadA.

Mesmo com a falta do convite, tais funcionários estiveram presentes na assembleia para defender e mostrar os prós da instalação da empresa, evidenciando o crescente aumento de número de vagas de emprego que a empresa vem oferecendo em Teixeiras.

O advogado da ZMM, solicitou a MAM que o mesmo tempo que fosse dado pra mesa discutir (cerca de 1h), fosse dado também para os técnicos da ZMM responderem as informações. Porém, tal pedido foi negado, tendo somente os funcionários, 3 minutos para justificar as falas dos organizadores da assembleia.

Durante a reunião, foi indagado acerca da distribuição de um panfleto sobre atividades mineradoras que fazia referência à ZMM e ao uso de barragens. Houve questionamento se isso não seria manipulação de comunicação, visto que a ZMM não atua com o uso de barragens de rejeitos.

Os funcionários da mineradora também questionaram as informações do material distribuído e se demonstraram ofendidos e indignados com as declarações de que a mineração aumentaria o índice de criminalidade e a marginalização na área.

Em nota, a ZMM se manifestou sobre o fato de não ter sido oficialmente convidada a participar da assembleia e de não ter tido a oportunidade de responder a contento.

Confira:

Comunicado oficial a respeito da Assembleia Popular Regional
sobre os Impactos da Mineração (7/3)

A Zona da Mata Mineração (ZMM) vem por meio deste agradecer o apoio
popular e a grande participação, espontânea e voluntária, de seus
colaboradores na Assembleia Popular Regional sobre os Impactos da
Mineração, ocorrida no último sábado (7/3), em Teixeiras.

Foi com grande orgulho e satisfação que observamos nossa equipe se
deslocar, para além do ambiente e do horário de trabalho, a fim de se
manifestar na defesa de nosso projeto e de nossos ideais. A participação
dos funcionários foi de suma importância, e essencial para demostrar à
população local que podemos contar com o apoio de nossa equipe, que
compreende e suporta o projeto e as vantagens que ele pode trazer para
a região. A todos os colaboradores que atuaram tão prontamente em
favor da empresa, o nosso mais sincero agradecimento.

É necessário, ainda, manifestarmos a nossa indignação com o modo
como foi realizada e conduzida a assembleia em questão. Em nenhum
momento, a mineradora foi convidada a participar da reunião. Dessa
forma, a mesa que deveria debater o tema da mineração local se deteve em apresentar fatos de maneira parcial e unilateral. Muitos deles, já
conhecidos e publicamente rebatidos pela ZMM.

Durante a assembleia, inclusive, houve a distribuição de material
claramente tendencioso, com intuito óbvio de manipular a população
local com informações errôneas e que sugerem que a ZMM omite
informações ou tem práticas danosas não licenciadas, como por exemplo
o uso de barragem de rejeitos. A empresa, novamente, afirma que atua de
forma responsável e com sustentabilidade, não utiliza barragem e tem
cerca de 95% de seus rejeitos reaproveitáveis, através do uso de inovação
e tecnologia em suas operações.

Tendo em vista a legalidade de todos os seus procedimentos e a clareza
de suas intenções, a Zona da Mata Mineração reitera que está e sempre
esteve aberta ao diálogo franco e honesto com a comunidade e está
pronta a participar de qualquer reunião ou debate sobre suas operações.
É de nosso interesse que todos estejam informados corretamente sobre
nossas atividades, sua total legalidade e cumprimento de todos os
requisitos de controles ambientais e de segurança.
Atenciosamente,

Zona da Mata Mineração (ZMM)
11 de março de 2020.

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