Professor da UFV fala sobre uso do álcool em gel
20 de março de 2020

Para evitar a transmissão e a contaminação pelo novo coronavírus, muitas pessoas incluíram o álcool em gel na rotina de limpeza das mãos. O uso é orientado pelo Ministério da Saúde como complemento à higienização frequente com água e sabão. Porém, é preciso ter cuidado com algumas características e com a qualidade do produto, além das notícias falsas (fake news) que o envolvem.

De acordo com o químico e professor do Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas da UFV-Florestal Brenno Leite, tanto o álcool líquido quanto o em gel são considerados antissépticos. A substância em gel, porém, gera menos riscos de acidentes e tem uma textura que facilita o manuseio. Sabendo disso, segundo ele, é importante prestar atenção no teor alcoólico – porcentagem de álcool – contido nas soluções vendidas no mercado.

Quanto maior é a porcentagem de álcool, maior é a volatilidade da solução – ou seja: maior é a facilidade ou rapidez para passar do estado líquido para o gasoso. O que acontece, no cenário da doença, é que a solução precisa ter contato com o vírus por um tempo suficiente para esterilizá-lo. “Com uma grande quantidade de álcool, como 90 ou 99%, a solução volatiliza muito rápido e não dá tempo para a realização da assepsia. Diminui o tempo de contato do álcool com o patógeno”, explica Brenno.

As soluções com teor alcoólico entre 60 e 70% são as mais indicadas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde porque “apresentam melhor eficácia do álcool etílico contra microrganismos patogênicos”.

Recomendações

De qualquer maneira, Brenno lembra que o procedimento principal para a prevenção da Covid-19 e de muitas outras doenças infecciosas é lavar as mãos com água e sabão. Portanto, como o Ministério da Saúde orienta, o ideal é que o álcool em gel seja usado como um complemento ou quando não for possível lavar as mãos.

Brenno também esclarece que, na falta do álcool em gel, receitas da internet e soluções caseiras não devem ser usadas, pois não é possível saber sua eficácia e procedência. Elas podem causar acidentes, irritações na pele e nas mucosas e até efeito contrário ao esperado, como destaca o Conselho Federal de Química. Os produtos industrializados são padronizados, monitorados, controlados e têm sua qualidade avaliada e fiscalizada por órgãos competentes.

Todas as recomendações do Ministério, amplamente divulgadas, estão disponíveis no site da pasta. Diversas informações também podem ser obtidas na página atualizada pela UFV com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas sobre o novo coronavírus e as mudanças que têm sido realizadas nas atividades acadêmicas e administrativas dos três campi da instituição.

Abaixo estão algumas imagens produzidas pela Diretoria de Comunicação Institucional, com a colaboração de outros professores e pesquisadores da Universidade.

Texto e artes: UFV.

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