Professoras da UFV obtêm patente de tecnologia que recupera importante proteína do leite
18 de maio de 2020

Uma tecnologia que permite recuperar uma importante proteína do soro do leite, capaz de reduzir desordens estomacais, secreção gástrica e inibir placas bacterianas e de cáries dentárias. Essa é uma das mais novas patentes da UFV, aprovada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Desenvolvida pelas professoras Rita de Cássia Superbi de Sousa e Jane Sélia dos Reis Coimbra, dos programas de pós-graduação em Engenharia Química (PPGENQ) e em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA), respectivamente, a patente é intitulada Processo de separação do glicomacropeptídeo do soro de leite por adsorção em hidroxiapatita. Ela foi gerada a partir do projeto de doutorado de Rita Superbi, no PPGCTA, sob orientação de Jane Coimbra.

O invento viabiliza, por meio da utilização da resina hidroxiapatita como adsorvente, que a indústria de laticínios recupere o glicomacropeptídeo, conhecido como GMP e presente no soro leite. De acordo com as professoras da UFV, atualmente, um grande volume de soro de leite é descartado por indústrias de laticínios. No entanto, esse soro é rico em proteínas de altos valores nutricional, funcional e tecnológico. Dentre elas está o GMP, que é usado na regulação do apetite, tratamento de cáries, alimentação para pacientes fenilcetonúricos (doença relacionada a uma alteração genética rara), entre outras aplicações. Por isso, é importante o desenvolvimento de um processo como o invento das pesquisadoras da UFV, que permita recuperar essa proteína.

Além de recuperar os benefícios do GMP, a tecnologia desenvolvida na UFV pode contribuir ainda com o meio ambiente. Como afirmam Rita de Cássia Superbi e Jane Coimbra, o soro do leite também é altamente poluente quando descartado incorretamente. As tecnologias existentes no mercado apresentam um alto custo e utilizam resinas de troca iônica como adsorventes, que não são biodegradáveis. Já hidroxiapatita pode ser empregada como adsorvente de baixo custo e não tóxico para separação e purificação destas biomoléculas.

A invenção teve seu pedido depositado em outubro de 2013 e obteve o direito sobre o título no dia 7 de abril deste ano pelo INPI. O registro de posse da UFV é válido até 2033. Após esse prazo, será de domínio público. Como a tecnologia está parcialmente desenvolvida, as professoras buscam agora parcerias para a construção de um protótipo destinado às indústrias de laticínios.

Sabrina Areias – campus Viçosa

Fonte: UFV.

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