Desde a declaração pela OMS (Organização Mundial da Saúde) de pandemia pelo novo coronavírus, em março, o brasileiro passou a ter contato diariamente com alguns temas até então não muito conhecidos de saúde pública. As dúvidas são naturais e comuns, principalmente de assuntos que impactam a rotina, como a realização dos testes que detectam a Covid-19. Um deles é o PCR, que é o teste molecular feito em pacientes com sintomas da doença. Outra dúvida recorrente é o porquê de algumas pessoas fazerem apenas outro tipo de teste, chamado de "teste rápido", que utiliza amostras de sangue.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Lilian Souza, relata que nos períodos compreendidos entre o 1° e o 3° dia de sintomas, bem como entre o 8° e o 10° dia não é aconselhável fazer a coleta para teste de PCR, pois poderá ocorrer um resultado chamado de "falso negativo", quando o teste não indica a doença, mas o paciente está, de fato, com o vírus no organismo. Segundo ela, somente após o 10° dia de sintomas o teste rápido deve ser feito: "a partir do 10° dia desde que iniciou os sintomas, o paciente já deverá apresentar anticorpos produzidos pelo organismo para combater o vírus. E é esse anticorpo que o teste rápido ou sorologia poderá detectar em amostras de sangue".
Pacientes assintomáticos também são comuns. Nesses casos, em que não existem indícios de que o vírus está no organismo, não existe a notificação para realizar o teste de PCR. Só que mesmo sem sintomas, é possível contaminar quem estiver ao redor. Por isso as medidas de prevenção, como o uso de máscara e o distanciamento social são importantes. "Depois de alguns dias, indivíduos do convívio da pessoa infectada, e que está assintomática, podem se contaminar e apresentar sintomas, testando positivo. Em razão disso é que ela irá fazer o teste, mas o resultado já será IgG positivo, o que significa que ela já teve a doença e está curada" concluiu o secretário.