Cidades do entorno de Viçosa agora terão de contribuir para fazer testes de COVID-19 na UFV
14 de setembro de 2020

Cidades de maior porte na Zona da Mata mineira, como Ponte Nova, Manhuaçu, Conselheiro Lafaiete e Ubá, que não contribuírem com a compra de insumos para montagem dos testes RT-PCR realizados pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) terão de enviar suas amostras para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.

A UFV tem material para realização do RT PCR, considerado o teste padrão de referência para diagnóstico da COVID-19, por mais 25 dias. O exame é composto de duas etapas: a química e a de extração do RNA.

A Funed já enviou 10 mil kits para realização da primeira fase. Já para o segundo momento, as matérias-primas estão acabando e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em comunicado oficial, informou que o processo de compra está em curso, mas não há previsão de quando esse trâmite será concluído.

Com isso, segundo o secretário de Saúde de Viçosa, Marcus Schitini, a prefeitura irá investir R$ 500 mil em recursos próprios para aquisição dos kits desse ciclo da testagem. Mais R$ 250 mil virão dos outros nove municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Viçosa (Cismiv).

“Vai haver uma margem, nesse aporte, de R$ 250 mil, mas queremos fazer uma compra maior para termos condição de atender à população de Viçosa até julho de 2021”, projeta.

Contudo, outras cidades de maior porte do entorno que não participarem da compra, com volume de recursos proporcional ao número de habitantes que possuem, ainda conforme o comunicado oficial da SES-MG, devem passar a remeter suas amostras para a Funed, um retrocesso na avaliação do secretário.

“É um processo muito mais custoso, pois implica em uma estrutura logística, com disponibilização de um veículo e treinamento de pessoas para transporte desse material infectante ou ajuste com a Regional de Saúde para deslocamento dessas amostras”, compara.

Celeridade nos resultados

O assessor de saúde da UFV e membro do Comitê Especial de Enfrentamento à COVID-19 em Viçosa, Bruno David Henriques, acrescenta a importâncida da celeridade na liberação dos resultados.

“Com envio para BH, a espera para obtenção dos resultados é maior, o que pode prejudicar a leitura de cenário na definição de políticas municipais de flexibilização de atividades econômicas e de isolamento”, exemplifica.

Até o momento, para a realização de 16 mil testes, a maior parte do investimento para compra dos insumos dos kits foi feito pela UFV, com acréscimo de materiais fornecidos pela Prefeitura de Viçosa, Fundação Ezequiel Dias e dois hospitais filantrópicos de Ponte Nova.

Nessa nova aquisição, a ser iniciada na terça-feira (15), pelo Cismiv, por meio de ata de registro de preços, serão investidos R$ 998 mil, para compra de 14 mil kits de extração de RNA.

A Secretaria Municipal de Saúde de Ubá informa que não possui, até o momento, nenhum vínculo com a UFV para realização de testagem de COVID-19, tendo em vista que as amostras do município são direcionadas para a referida instituição de ensino através de processo de regionalização da Funed.

Entretanto, informa que tendo em vista a qualidade do serviço prestado pela UFV, a importância da celeridade no processamento dos exames para a tomada de decisões relacionadas à doença e ao pedido de contrapartida feito pela universidade aos municípios da região para a continuidade de prestação dos serviços, a administração municipal faz um levantamento da sua demanda média mensal de testes e estudo das formas de estabelecer vínculo com a universidade para que possam ser repassados os recursos.

Fonte: Estado de Minas.

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