A UFV (Universidade Federal de Viçosa), que fica a 225 km de Belo Horizonte, irá receber R$ 2 milhões para ampliar as vagas de moradias estudantis para alunos de baixa renda.
O custeio será feito com verba de multas trabalhistas por danos morais referentes à ação movida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) contra a mineradora Samarco, responsável pelo rompimendo da barragem de Fundão, em 2015, na cidade de Mariana, a 117 km de Belo Horizonte.
Segundo a instituição, o recurso será destinado para a reforma do chamado "Alojamento Velho” do campus Viçosa, desativado desde 2018 por apresentar riscos de segurança para os alunos.
A universidade informou que, com a reforma do local, inaugurado em 1928, serão oferecidas mais 176 vagas de moradia para estudantes em vulnerabilidade socioeconômica. Atualmente a instituição possui 1.114 alojamentos disponíveis.
A confirmação do repasse dos recursos foi postada no Diário Oficial como “extrato de convênio”, pela PRT (Procuradoria Regional do Trabalho) da 3ª Região e as obras deverão ocorrer até 2022.
O anúncio da verba foi comemorado por um dos pró-reitores da universidade, Demetrius David da Silva, que afirmou que "nunca foram investidos tantos recursos na assistência estudantil como agora".
David ainda destacou que o repasse comprova a preocupação da universidade "com a qualidade de vida dos estudantes de baixa renda" e que "as moradias estudantis cumprem um papel importante de acolhimento".
Tragédia de Mariana
O rompimento da barragem de Fundão, localizada no distrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro de Mariana, ocorreu no dia 5 de novembro de 2015 e matou 19 pessoas. A tragédia ainda deixou 362 famílias desabrigadas.
A lama de rejeitos de minério da empresa Samarco foram despejadas no Rio Doce, que abranje 230 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e chegou, também, até o Oceano Atântico.
Fonte: R7.