A Amirt (Associação Mineira de Rádio e Televisão) divulgou uma nota sobre o fato em que Júlio César, jornalista da Rádio Montanhesa, sofreu uma tentativa de impedir sua liberdade de expressão.
Segundo o coordenador do Jornal de Viçosa, Ernane Rabelo, a matéria foi retirada do ar temporariamente a pedido da repórter.
Confira a nota:
NOTA DE REPÚDIO:
AMIRT repudia tentativa de impedir liberdade de expressão em Viçosa
A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) vem, por meio desta, expressar de forma veemente o seu repúdio contra a tentativa de impedir a liberdade de expressão do jornalista e locutor da Rádio Montanhesa, Júlio César, que participou de uma entrevista sobre racismo em um jornal estudantil on-line de Viçosa, na Zona da Mata.
A reportagem foi publicada no dia 23 de setembro, mas foi retirada do site após o profissional sofrer represálias devido as suas opiniões não irem de acordo com algumas manifestações sociais.
Na entrevista, o jornalista, que é negro, afirmou que “o racismo está nos olhos de quem vê e que a raça ou qualquer outra característica física não interfere no profissionalismo e nas conquistas de qualquer pessoa.”
Independente das divergências de opiniões, a AMIRT enfatiza que a liberdade de expressão é um direito de todos e deve ser respeitada. Júlio César em nenhum momento tentou minimizar problemas sociais por causa de sua história, apenas relatou experiências e proferiu opiniões.
Conforme a declaração de Chapultepec (1994):
I – Não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão e de imprensa. O exercício dessa não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo.
II – Toda pessoa tem o direito de buscar e receber informação, expressar opiniões e divulgá-las livremente. Ninguém pode restringir ou negar esses direitos.
Luciano Pimenta C. Peres
Presidente da AMIRT