Amirt divulga nota de repúdio sobre tentativa de impedir liberdade de expressão em Viçosa
2 de outubro de 2020

A Amirt (Associação Mineira de Rádio e Televisão) divulgou uma nota sobre o fato em que Júlio César, jornalista da Rádio Montanhesa, sofreu uma tentativa de impedir sua liberdade de expressão.

Segundo o coordenador do Jornal de Viçosa, Ernane Rabelo, a matéria foi retirada do ar temporariamente a pedido da repórter.

Confira a nota:

NOTA DE REPÚDIO:

AMIRT repudia tentativa de impedir liberdade de expressão em Viçosa

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) vem, por meio desta, expressar de forma veemente o seu repúdio contra a tentativa de impedir a liberdade de expressão do jornalista e locutor da Rádio Montanhesa, Júlio César, que participou de uma entrevista sobre racismo em um jornal estudantil on-line de Viçosa, na Zona da Mata.

A reportagem foi publicada no dia 23 de setembro, mas foi retirada do site após o profissional sofrer represálias devido as suas opiniões não irem de acordo com algumas manifestações sociais.

Na entrevista, o jornalista, que é negro, afirmou que “o racismo está nos olhos de quem vê e que a raça ou qualquer outra característica física não interfere no profissionalismo e nas conquistas de qualquer pessoa.”

Independente das divergências de opiniões, a AMIRT enfatiza que a liberdade de expressão é um direito de todos e deve ser respeitada. Júlio César em nenhum momento tentou minimizar problemas sociais por causa de sua história, apenas relatou experiências e proferiu opiniões.

Conforme a declaração de Chapultepec (1994):

I – Não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão e de imprensa. O exercício dessa não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo.

II – Toda pessoa tem o direito de buscar e receber informação, expressar opiniões e divulgá-las livremente. Ninguém pode restringir ou negar esses direitos.

Luciano Pimenta C. Peres
Presidente da AMIRT

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