UFV e CBA desenvolvem projeto de monitoramento de nascentes
9 de novembro de 2020

As pesquisas sobre hidrologia e preservação de recursos hídricos avançam no
município de Miraí e região, em Minas Gerais. Realizado pela Universidade
Federal de Viçosa - UFV, em parceria com a Companhia Brasileira de Alumínio
- CBA, o Programa de Estudos Hidrológicos (PEHidro) busca entender o
comportamento hídrico em áreas de mineração. Uma das pesquisas envolve o
monitoramento de nascentes, projeto recém-implantado para avaliar a
influência da atividade minerária na qualidade e na quantidade de água nesses
locais.
Para dar início à primeira etapa, os pesquisadores da universidade mapearam
cerca de cem nascentes e selecionaram dez para monitoramento, localizadas
nos municípios de Miraí, Muriaé, Rosário da Limeira e São Sebastião da
Vargem Alegre. O objetivo é acompanhar as bacias hidrográficas de cabeceira
que contenham jazidas de bauxita em sua área de drenagem, realizando um
comparativo entre as fases pré e pós-mineração de bauxita.
O projeto conta com a parceria dos produtores rurais, proprietários das áreas
que serão estudadas. “Eles têm orgulho e reconhecem o valor das suas
nascentes. Também se preocupam com sua sustentabilidade, o que reflete na
boa adesão ao projeto”, afirma o doutorando Lucas Jesus da Silveira,
responsável pela condução do estudo.

O coordenador do programa e professor do Departamento de Engenharia
Florestal da UFV, Herly Carlos Teixeira Dias, destaca o impacto positivo deste
estudo para a comunidade. “O PEHidro na CBA é tratado com muita atenção
por todos os envolvidos, proprietários, estudantes e empresa, pois cada projeto
criado traz informações relevantes para toda a comunidade. O monitoramento
de nascentes não foge dessa linha. Entender a dinâmica da água é
fundamental para todos nós”, completa.
A partir dos resultados, a UFV e a CBA levam aos proprietários rurais o
conhecimento sobre os cuidados com as áreas reabilitadas e a importância
desse processo para as nascentes da região. “Trabalhamos com a UFV
desenvolvendo tecnologias associadas ao nosso processo de reabilitação
ambiental e os resultados das pesquisas desenvolvidas demostram que a
atividade minerária na região tem sido realizada de forma responsável e
sustentável. Além disso, a nossa parceria segue rendendo uma rica produção
científica, entre dissertações, teses e apresentações em eventos acadêmicos
no Brasil e no exterior, disponível para ser utilizada pela sociedade em prol do
meio ambiente”, destaca o gerente das unidades da CBA na Zona da Mata,
Christian Fonseca de Andrade.
Projeto de escoamento chega à última etapa
Além do monitoramento de nascentes, o Programa de Estudos Hidrológicos
também realiza o Projeto de Escoamento Superficial, que tem como objetivo
avaliar o escoamento da água sobre o solo, antes e depois da mineração. Já
no seu quinto ano de monitoramento, o estudo foi motivado a partir de
questionamentos de moradores locais sobre a influência da mineração na
infiltração de água no solo em minas reabilitadas.
Os resultados apontaram para uma redução significativa do escoamento
superficial da água de chuva, favorecendo a sua infiltração no solo. O
escoamento superficial em área reabilitada foi 67,45% menor que uma área
ainda não-minerada, sob plantio de eucalipto, e comparando uma mesma área,
houve redução de 1,75 vezes no escoamento superficial após a reabilitação. O
projeto está na última etapa, que é a de validação da metodologia aplicada.

Parceria histórica
Desde 2008, a CBA desenvolve melhorias em seu modelo de reabilitação
ambiental, que tem contribuído para estabelecer uma nova relação entre a
mineração, os produtores rurais e o meio ambiente. As pesquisas e o
desenvolvimento de tecnologias vem sendo realizadas por meio de um trabalho
continuado de 12 anos em parceria com a UFV.
As áreas mineradas são submetidas a processos de reabilitação
ambiental, que proporcionam sua reintegração à paisagem da região, utilizando
as melhores técnicas, que compreendem todas as etapas para a formação de
um ambiente natural e sustentável. Por meio da parceria com a UFV, as novas
práticas estão sendo aplicadas para qualificar os processos de reabilitação,
conquistando resultados tanto para a Companhia, quanto para a comunidade
acadêmica e, principalmente, para o produtor rural.
A mineração de bauxita na Zona da Mata mineira é pontual, temporária e
progressiva, com características distintas dos minérios extraídos em grandes
cavas. O mineral se encontra em topos dos morros e meia encostas, em
camadas rasas e de fácil extração, com pequenos rebaixamentos e sem
necessidade de formação de cavas, permitindo um retorno rápido das
atividades nas propriedades rurais.
Sobre a CBA
Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio - CBA produz alumínio de
alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada
para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera
a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e
placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em
estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços
para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza,
durabilidade e uma vida melhor
A CBA está bem perto de você. Acesse: www.cba.com.br.

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