UFV pode ter atividades paralisadas em setembro, diz reitor
17 de maio de 2021

Por conta dos cortes de verbas realizados, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) pode não ter dinheiro o suficiente para terminar o ano funcionando, de acordo com o reitor Demetrius David da Silva. Segundo ele, com o desbloqueio parcial de R$ 2,59 bilhões para todas as universidades do país, realizada pelo Governo Federal na última semana, a UFV tem verba o suficiente para funcionar apenas até setembro.

Esse montante liberado pelo Governo recompõe a fatia discricionária, já prevista na lei orçamentária, das 69 universidades espalhadas pelo país. Os valores serão usados para custeio, pagamento de programas de bolsas de pesquisa próprios e investimentos.

No entanto, não são o bastante para manter as instituições de ensino superior funcionando. Outro exemplo, é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), maior federal do país em número de alunos - 70 mil - que também informou que sua fatia é suficiente para manter os serviços apenas até setembro.

Em contato com a reportagem do Primeiro a Saber, Demtrius informou que a verba liberada não significam liberação adicional de recursos. Ou seja, a Universidade continua com o mesmo orçamento, com cortes, para o ano de 2021.

"O que aconteceu foi o desbloqueio parcial dos recursos do orçamento de 2021, mas sem nenhum recurso novo no sistema. Sem o desbloqueio total dos recursos conseguiremos manter nossas atividades até setembro. Caso o bloqueio persista seguiremos até dezembro, mas de forma precária.", afirmou o reitor.

Cortes na educação

A Educação foi a pasta que mais teve bloqueios feitos no Orçamento final sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Foram R$ 2,7 bilhões de bloqueios e mais R$1,2 bilhão de vetos.

Os bloqueios encaixam-se nos gastos discricionários contingenciados para 2021. Ou seja, pagamentos obrigatórios que estão paralisados até segunda ordem. Caso não sejam liberados até o fim do ano, ficam caracterizados como corte.

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