UFV adia retorno das aulas presenciais
7 de janeiro de 2022

Por conta do aumento de casos de Covid-19 e também de H3N2, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) decidiu adiar por duas semanas o retorno presencial das aulas da UFV. Agora, o retorno está previsto para o dia 7 de fevereiro. Entre os dias 24 de janeiro e 4 de fevereiro, as atividades permanecem remotas.

Uma nova reunião de avaliação do cenário epidemiológico será realizada em 26 de janeiro para confirmar a viabilidade do retorno no dia 7 de fevereiro.

Casos em Viçosa

A Vigilância Epidemiológica confirmou 126 casos de Covid-19, nesta sexta-feira, 07. Apenas em janeiro, Viçosa já contabiliza 384 casos confirmados, mais de seis vezes mais casos do que o registrado em todo o mês de dezembro (63).

Com os novos casos, Viçosa contabiliza 9.752 confirmações, sendo que 9.231 pessoas já estão recuperadas da doença. São 383 casos ativos e 138 óbitos registrados.

O Hospital São João Batista possui 10 leitos de CTI Covid e a ocupação é de 20%. Estão internados dois pacientes positivos de Viçosa. Dos 12 leitos clínicos ofertados, dois estão ocupados por paciente positivo de Viçosa e um de outro município. A taxa de ocupação é de 16,66%. Não há paciente internado em leito com suporte intensivo no Pronto Atendimento (PA).

A Vigilância Epidemiológica informa que foram contratados dois leitos clínicos pediátricos para o Hospital São Sebastião pelo período de 60 dias, de 01/01/2022 até 28/02/2022. O contrato poderá ser prorrogado, caso haja necessidade. Nenhum dos dois leitos está ocupado.

A Vigilância Epidemiológica contabiliza 25 casos em investigação, sendo que uma pessoa aguarda resultado de exame PCR pela Central Covid e 24 são monitoradas. Desde o início da pandemia, já foram descartados 49.623 casos.

Hospitais sobrecarregados

Por conta do aumento nos casos de Covid-19, Hospital São João Batista (HSJB) passa, nesse momento, por uma situação de calamidade no Pronto Atendimento (PA) Covid. Segundo o presidente da FAV, fundação mantedora do HSJB, Joaquim Andrade Neto, a portaria tem atuado com um prejuízo de aproximadamente R$ 90 mil por mês. Por isso, caso os municípios vizinhos não ajudem o Hospital, o atendimento para a Covid-19 corre o risco de continuar ativo apenas até o dia 06/02.

Apenas em janeiro, o Hospital São João Batista atendeu 519 pessoas com sintomas gripais, mais do que todo o mês passado e novembro. Segundo Joaquim Andrade Neto os funcionários do hospital estão sobrecarregados e atuando de maneira desumana.

Em entrevista ao Jornal da Montanhesa desta sexta-feira (07), o presidente afirmou que atualmente o custo dessa portaria está ficando em torno de R$ 220 mil. Ele lembra, ainda, que até meados de outubro os planos de saúde faziam uma contribuição de R$ 50 mil para manter o atendimento, enquanto a Prefeitura de Viçosa destinavam ao HSJB cerca de R$ 120 mil. No entanto, os planos pararam de contribuir com essa quantia.

“Informamos às Prefeituras vizinhas, no dia 1º de novembro, que estávamos sem recursos para atender os pacientes”, disse.

Vale lembrar que desde novembro do ano passado a instituição pede contribuições dos municípios vizinhos para ajudar no custeio do atendimento hospitalar. Entretanto, até o momento, segundo o próprio presidente da FAV, nenhuma quantia foi destinada.

“Se operarmos com a situação de R$ 90 mil todo mês com prejuízo, teremos mais de R$ 1 milhão de prejuízo ao fim do ano. Estamos atrasando pagamento de fornecedor”, afirmou, Joaquim.

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