Nesta sexta-feira, 28/10, haverá uma reunião para decidir o calendário de trabalhos a serem desenvolvidos, além da eleição do relator da CPI
As possíveis irregularidades na gestão financeira do Terminal Rodoviário Joventino Octávio Alencar, ocorridas entre janeiro de 2021 a outubro de 2022, serão investigadas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), criada nesta semana pela Câmara de Viçosa. Os vereadores que compõem a comissão são: Jamille Gomes (PT), Marco Cardoso (PSDB), Rogério Fontes (sem partido), Robson Alencar (Cidadania) e Marcos Fialho (sem partido), que também é presidente da CPI.
O documento da CPI informa que, a partir de denúncias, há suspeita de desvio de recursos públicos arrecadados pela rodoviária – tanto nos banheiros quanto nas tarifas de emparque recolhidas das empresas de ônibus. Segundo os vereadores, a má gestão das tarifas coletadas deveriam ter sido repassadas a contas bancárias que são mantidas pela Administração.
O vereador Marco Cardoso - Marcão Paraíso, solicitou o afastamento do secretário de Administração da Prefeitura, Luan Campos, até que as investigações acabem. Ele questionou os motivos que levaram o secretário a não ter fiscalizado a rodoviária diante 8 meses sem registros de depósitos e, segundo ele, isso "é incompetência". Marcão ainda indagou o por quê de Luan não ter sido afastado, sendo que a coordenadora da rodoviária foi exonerada isoladamente.
De acordo com a vereadora Jamille, nesta sexta-feira, 28/10, haverá uma reunião para decidir o calendário de trabalhos a serem desenvolvidos, além da eleição do relator da CPI. A equipe terá o prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos e apresentação do relatório final e, no processo, será levantada a arrecadação e destinação das tarifas.
A administração do Terminal Rodoviário Joventino Octávio Alencar já foi investigado por CPI em novembro de 2013.
Na última reunião da Câmara foi lida uma carta, enviada pelo secretário de Administração e Planejamento Estratégico da Prefeitura, Luan Gomes. Ele afirmou que após levantamentos de sua secretaria concluiu-se que não houve depósitos das taxas arrecadadas do uso do banheiro público. Ele ainda salientou que solicitou esclarecimentos à coordenadora da rodoviária e ela foi exonerada em 15/9 deste ano.
Além disso, Luan disse ter enviado, em 22/9, a Auditoria da Prefeitura, o relato da situação e os comprovantes de arrecadação que foram levantados pela empresa terceirizada que trabalha no Terminal. Em 10/10, segundo o secretário, houve uma reunião com o MPMG, juntamente com membros do Legislativo e Executivo, para informar sobre os trâmites e afirmou que a Prefeitura está comprometida a colaborar com o máximo de informações.
Luan indagou a fala do vereador Marco Cardoso, feita em uma reunião Ordinária em 11/10, na qual ele teria dito que havia um roubo na rodoviária. Luan solicitou à Câmara que esclarecesse sobre essa afirmação para que o processo tenha mais precisão nas informações coletadas.