O dançarino viçosense Yan Castro vai apresentar o Passinho, modalidade de dança urbana, criada e desenvolvido por jovens das favelas cariocas.

O Caldeirão com Mion deste sábado (21) vai receber a ilustre presença do dançarino viçosense, Yan Castro. Por volta das 15h50, a Rede Globo vai transmitir o quadro 'Caldeirola', que será palco da apresentação de Yan, que vai levar o Passinho, um estilo de dança urbana, ritmado com o funk brasileiro. O quadro é famoso por receber artistas em ascensão, que apresentam os mais variados talentos ao público. Cada performance é avaliada por jurados e, o vencedor, além da visibilidade em um programa com grande alcance, leva para casa o prêmio de R$10 mil reais. A participação de Yan no Caldeirola foi gravada em 10 de dezembro do ano passado, nos Estúdios Globo, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Convidado pelo próprio diretor do Caldeirão

O método mais comum para participar do Caldeirola é se inscrevendo pelo site oficial do programa, mas, para Yan, juntamente com o grupo Os Atuais, foi um pouco diferente. Isso porque ele foi convidado pelo próprio diretor do Caldeirão, Geninho Simonetti. O dançarino conta que o convite partiu após Geninho assistir a apresentação conjunta com seu amigo de grupo, Luide, no Baile do Rabisca, ocorrido no Rio de Janeiro, em novembro de 2022. O evento é voltado para o Funk e para a modalidade de dança Passinho e, na capital carioca, eles representaram não só Viçosa, como todo o Estado, sendo os únicos bailarinos de Passinho de Minas Gerais: "Foi muito interessante porque a galera do Rio de Janeiro já sabia quem era a gente e já conhecia o nosso trabalho", recorda Yan.

Conquista para além de prêmios

Yan não hesita em reafirmar que chegar em um programa da emissora de maior alcance no país é uma oportunidade para mostrar a sua realidade e a de tantos jovens brasileiros. Além disso, ele já conquistou premiações em festivais nacionais e, juntamente com o Grupo Os Atuais, colecionam performances importantes e levam o nome de Viçosa por diversos locais do Brasil.

"São 9 anos dirigindo e coreografando o Grupo, acredito que Viçosa está ganhando seu valor no meio artístico. Nossa cidade é rica em cultura, não é atoa que somos polo em dança no Estado de Minas Gerais. É o sonho de todo jovem artista mostrar seu talento para sua cidade e seu país, poder mostrar isso na Rede Globo concretiza muitas coisas que sonhei e planejei", evidencia o bailarino.

Ele ainda afirma que, no início, era comum o preconceito e muitos locais não abriram as portas para o Passinho por ser uma das raízes do funk carioca. Hoje, felizmente, Yan garante que muita coisa mudou e os espaços procuram Os Atuais para se apresentar e ministrar oficinas de Passinho. Além disso, grandes marcas, como o Guaraná Antarctica e o Grupo Carrefour Brasil, patrocinam o Grupo, além de incentivos por meio do Governo de Minas Gerais e de outras entidades administrativas e culturais.

Hoje em dia tem funk no teatro, nas escolas, nas rádios, na televisão. A minha expectativa é de abertura de portas não só para mim, mas para outros bailarinos e artistas que trabalham com funk e o Passinho", pontua Yan.

Yan Castro

Nascido em Viçosa em 11 de março de 1998, Yan Castro começou a carreira de bailarino cedo, quando tinha 14 anos. Hoje, aos 24 anos, é profissional de Passinho, diretor e coreógrafo do grupo Os Atuais e CEO e Diretor do Super Workshop de Passinho. Além disso, Yan ministra aulas no Núcleo de Arte e Dança e no Projeto Passos para um Futuro. Também dedica seu talento como bailarino na turma avançada de danças urbanas no "Na Manha Crew", do Centro Experimental de Artes da Prefeitura de Viçosa.

O viçosense coleciona vários momentos importantes, um deles foi na capital mineira, quando foi indicado como melhor coreógrafo do Circuito internacional da Dança. Ademais, um trabalho recente foi realizado com seu parceiro de grupo, Luide, no qual apresentaram o "Ser Cria" - um Duo de Passinho - e foram campeões no Festival Dança em Movimento, em Ubá. Yan demonstra gratidão para com o Grupo e não deixa de ressaltar a importância do trabalho que realizam:

"Se não fosse meu grupo, a nossa história e trajetória, eu não estaria no Caldeirão. Hoje somos bailarinos profissionais de Passinho e somos considerados referência no Passinho e Funk em Minas Gerais".