Maternidade do Hospital São Sebastião será paralisada a partir deste sábado (25)
23 de maio de 2024

'}}

Dentre as problemáticas apontadas estão ausência de equipamentos, profissionais especializados e recursos humanos suficientes para atender a demanda de 9 municípios.

Mais uma vez, a maternidade Alice Loureiro do Hospital São Sebastião se encontra em uma situação crítica. A equipe de plantonistas do setor emitiu um comunicado informando que, devido a ausência de equipamentos essenciais e remuneração pelos serviços essenciais, as atividades da maternidade serão suspendidas por tempo indeterminado a partir deste sábado (25).

Em comunicado enviado a imprensa, emitido no final de abril e assinado por toda a equipe plantonista da maternidade no início do mês, a situação insustentável do setor é destrinchada e o resultado dessas condições é destacado:

"Caso TODAS as adequações não sejam realizadas em um período máximo de atá 30 (trinta) dias, a
equipe de plantonistas decidiu suspender por tempo indeterminado as atividades da Maternidade Alice Loureiro no dia 25 de maio de 2024.
"

Além da sobrecarga dos plantões sobre poucos plantonistas - um plantonista a cada 12 horas -, a ausência ou escassez de equipamentos e profissionais especialistas, como um ultrassonografista tornam inviável o seguimento das atividades.

Segundo o relato da equipe, só há um cardiotocógrafo, equipamento fundamental para monitorar a sau de fetal durante a gravidez e o parto, e o mesmo se encontra com defeitos frequentes. Além disso, a maternidade também está sem um monitor multiparamétrico de adulto, necessário para viabilizar as analgesias de parto na sala de parto.

Isso significa que as mães estão sem acesso as analgesias, medida importante para melhorar o conforto da mãe, reduzir o estresse e a tensão, contribuindo para um parto mais seguro e tranquilo.

Há também a ausência de um profissional ultrassonografista. No entanto, outro fator alarmante é que, neste mês de maio, as atividades do Setor de Radiologia também foram suspensas por falta de pagamento. Ou seja, a maternidade está sem o profissional especialista e sem o equipamento, ambos essencias para determinar diagnósticos e condutas certeiras, o quais podem ser definitivos para manutenção da gestão ou trabalho de parto.

A equipe ressalta no comunicado está aberta a diálogos, e que a suspensão é uma medida drástica necessária. Eles afirmam ainda que entendem a frustação da população, mas que medidas resolutivas deste caso estão fora de suas mãos, e responsabilidade da gestão.

Entramos em contato com a administração, a qual afirma que as reinvidicações já foram respondidas quanto às soluções, mas, mesmo assim, ainda não mudaram de posição. Neste sentido, a gestão segue em conversa com a equipe da maternidade para chegar em um denominador comum.

Até as devidas providências, os profissionais destacam ainda que realizarão a partir do sábado a transferência de pacientes já internadas ou novas que procurem o serviço.