A reunião com o secretário de Educação do MEC foi com intuito de discutir a crise dos hospitais da cidade, e como ela afeta o ensino na UFV, além também do déficit orçamentário da UFV.
O reitor Demetrius David da Silva esteve em Brasília (DF), em reunião com o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Alexandre Brasil, nesta segunda-feira (03). Na ocasião, Demetrius apresentou demandas da UFV em diferentes áreas, como a crise dos hospitais de Viçosa, que afeta também as atividade de ensino dos cursos de saúde, e déficits orçamentários.
Quanto aos hospitais, além de reforçar a demanda para a implementação de um Hospital Universitário (HU) da UFV após a visita da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o reitor solicitou um aporte financeiro extra via Termo de Execução Descentralizada (TED), direcionado às Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) que não têm HU, para auxiliar emergencialmente os hospitais de Viçosa.
Vale destacar que, após solicitação do próprio MEC às universidades, a UFV ampliou a oferta de vagas no curso de Medicina do campus Viçosa de 50 para 60, tornando ainda mais necessário o auxílio da pasta, como argumentado pelo reitor.
Outro ponto discutido com Alexandre foi o orçamento atual da Universidade, que permanece ainda muito aquém do necessário para uma gestão eficiente e manutenção da qualidade da instituição. O reitor apresentou diversas ações que foram feitas nos últimos cinco anos para redução de despesas e que inevitavelmente ocasionaram o prejuízo dos serviços prestados.
Entre essas ações está a redução de 300 postos de trabalho terceirizados, em um cenário que, de acordo com Demetrius, “deveria estar na contramão, já que, com a aposentadoria dos servidores em cargos extintos e a vedação de diversos outros cargos para provimento, a necessidade de contratação de mão-de-obra terceirizada é a única alternativa para evitar a descontinuidade de serviços”.
Em relação aos cargos vedados para novos concursos, o secretário sinalizou que o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) já está trabalhando na pauta e que as possibilidades de revogação da portaria são reais.