"Expedição Albergaz" promete uma experiência literária rica, combinando elementos de aventura, romance e um aprofundamento na história da colonização do Brasil.
A Câmara de Vereadores de Viçosa foi palco, na manhã de sábado, 7 de junho, do lançamento do mais novo livro do Professor e Vice-Presidente da Academia de Letras de Viçosa (ALV), Erly Teixeira. O romance histórico, intitulado "Expedição Albergaz", publicado pela editora UICLAP, atraiu um público entusiasmado de amantes da literatura e membros da ALV.
A obra transporta o leitor para o ano de 1736, imerso no contexto das monções de garimpeiros que, desde a década de 1720, partiam de Araritaguaba (atual Porto Feliz, SP) em busca das minas do Rio Coxipó-Mirim e da localidade Sutil. A narrativa central acompanha a expedição do Major Fernando de Albergaz, que sai de Araritaguaba com a missão pioneira de fiscalizar a produção de ouro e a coleta do "quinto" (imposto da coroa) no Oeste brasileiro. A viagem, de mais de cinco meses por três mil e quinhentos quilômetros de rios, é impulsionada pela notícia da descoberta de ouro em abundância na região de Cuiabá.
A comitiva de Albergaz é composta por cinco canoões e um escaler, transportando uma vasta quantidade de ferramentas, armas, alimentos e mais de cento e vinte pessoas, entre ordenanças, mareantes e passageiros. O comércio, financiado pelo vice-rei, serve como uma fachada para a verdadeira atribuição do Major.
Além da aventura histórica, o romance explora dramas humanos e paixões. Jonas, o boticário, e Gininha, apaixonados, vivem um êxtase ao singrar os rios, superando desafios como varar cargas nos saltos Avanhandava e Itapura, e cuidando dos feridos e doentes da maleita. Eles encontram o amor em cada pouso, nos lagos das cachoeiras e nas longas praias dos rios.
Em um contraste dramático, Teobaldo, que estava prestes a se casar, é condenado a viajar sequestrado devido ao seu passado criminoso e de maus-tratos à namorada. Enlouquecido de ódio, ele investe contra a expedição, é castigado e abandonado na foz do Rio Tietê, sobrevivendo com a vingança em mente contra seus sequestradores e o Major.
A jornada é marcada por intensos desafios e confrontos. A expedição enfrenta as perigosas corredeiras do Rio Coxim e os meandros do Rio Taquari. Um dos pontos altos da narrativa é a feroz batalha contra os Guaicurus, os "índios cavaleiros". Ao subir o Rio Paraguai, a comitiva é novamente atacada, desta vez pelos Paiaguás, exímios canoeiros, na foz do Rio Porrudos.