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Consórcios do SUS em Minas Gerais alertam para paralisação do SAMU 192
3 de julho de 2025

Consórcios de saúde denunciam déficit projetado de R$ 56,8 milhões no custeio do serviço para 2025 e estabelecem prazo para o Ministério da Saúde e governo estadual.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Pré-Hospitalar (Samu 192) em Minas Gerais pode ser impactado por uma paralisação. Os dez consórcios de saúde que atendem 800 municípios do estado, representando uma cobertura de 93,7% do território mineiro, emitiram um prazo até a próxima terça-feira, 8 de julho, para que o Ministério da Saúde (MS) ou o governo estadual iniciem negociações para a estabilização dos recursos destinados ao Samu.

Um ofício enviado à União pelos consórcios do SUS aponta uma projeção de déficit de R$ 56,8 milhões no custeio do Samu 192 para 2025. O documento acessado pelo jornal destaca que essa situação coloca em risco a eficiência do serviço prestado à população. Em paralelo, aproximadamente 2 mil condutores socorristas reivindicam direitos e salários.

Os investimentos no Samu são compartilhados entre os governos federal, estadual e municipal. O Ministério da Saúde é responsável por 50% da verba. No entanto, há relatos de que a União tem repassado entre 8% e 40% do valor acordado.

Como exemplo, o consórcio da rede de urgência da região Macro Nordeste e Jequitinhonha (CISNORJE) declarou ter recebido cerca de R$ 1,5 milhão por mês do Ministério da Saúde no ano passado, o que corresponde a 40,21% da verba total do serviço. Em contrapartida, o consórcio do Leste de Minas (CONSURGE) informou ter recebido 8,3%, equivalente a R$ 371,2 mil de repasse mensal do Ministério da Saúde no mesmo período. O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) acompanha a situação.