O reitor Demetrius David da Silva participou, no último final de semana, em Alagoas, da Reunião Anual da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa). A Rede envolve 10 universidades (UFV, Ufal, UFRPE, UFS, UFRRJ, UFPR, UFSCar, UFG, UFPI e a UFMT), com o objetivo de desenvolver ações, projetos programas e inovações para o setor canavieiro brasileiro. O reitor da UFV é vice-presidente da Ridesa, que tem à frente o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo.
A reunião foi realizada na Universidade Federal do Alagoas e contou com as presenças dos gestores das instituições parceiras e coordenadores dos programas. Eles debateram a importância de se incluir novos pesquisadores para a renovação da rede e manutenção das pesquisas, bem como a possibilidade de ampliar o tempo de proteção dos cultivares desenvolvidos pela Rede de 15 para 25 anos.
Os participantes visitaram ainda os bancos de germoplasma de cana-de-açúcar do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA) da Ridesa, que está sediado na Serra do Ouro, município de Murici (AL).
A Ridesa
O Brasil conta com a maior área plantada com cana do mundo e é grande produtor de açúcar e etanol. Este produto participa de, pelo menos, 18% da matriz energética do país.
Em mais de 30 anos de pesquisas, as universidades que compõem a Ridesa já entregaram ao setor produtivo brasileiro 95 variedades de cana-de-açúcar conhecidas como RB. Essas variedades representam mais de 60% da área plantada com cana no país, contribuindo para a elevação da produtividade e da qualidade das empresas produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade.
A UFV
A UFV foi uma das criadoras da Ridesa na década de 1990, quando foi extinto o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), que tinha como finalidade desenvolver e transferir tecnologias para a melhoria da cana-de-açúcar no campo e na indústria. Entre as variedades mais plantadas no Brasil está a RB867515, desenvolvida no Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar da UFV, em 1998, e atualmente produzida em mais de 20% da área cultivada com cana no país, o que significa cerca de 1,8 milhão de hectares.
Em maio deste ano, a Universidade lançou duas novas variedades de cana-de-açúcar na Associação dos Produtores de Cana da Região de Campo Florido (Canacampo), no Triângulo Mineiro. Às cultivares RB127825 e RB097217 somam-se as outras cinco liberadas nos últimos anos pela UFV. Todas as variedades foram desenvolvidas no âmbito do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da Universidade, coordenado pelo professor Márcio Henrique Pereira Barbosa, do Departamento de Agronomia (DAA).
O reitor da UFV lembra que, atualmente, a Ridesa mantém parcerias com 320 empresas brasileiras e estrangeiras e envolve mais de 90 pesquisadores e 60 técnicos, em 102 bases de pesquisa no Brasil. “Estas parcerias são muito importantes para a formação dos nossos estudantes de graduação e pós-graduação. O sucesso da Rede é um ótimo exemplo do que as universidades fazem pelo setor produtivo e pela formação de profissionais altamente especializados no Brasil. Temos orgulho de a UFV estar na origem da Ridesa”, disse Demetrius.
Divulgação Institucional da UFV