A comitiva do Governo de Minas na Europa esteve, nesta terça-feira (14/10), em uma visita oficial à Bacia Minerária de Nord-Pas-de-Calais, especialmente na cidade de Oignies, no Norte da França.
O governador Romeu Zema e os demais integrantes da missão internacional acompanharam a apresentação do projeto de reconversão econômica da região, conduzida pela diretora do programa “Compromisso para a Renovação da Bacia Minerária”, Mélanie Delots.
O chefe do Executivo estadual também esteve com François Xavier Raymond, conselheiro diplomático do Prefeito da região Hauts-de-France, com Fabienne Dupuis, prefeita de Oignies, e outros membros envolvidos na reconversão do local.
Na agenda, foi apresentado o histórico da bacia minerária (de carvão), os desafios enfrentados após o encerramento das atividades e as estratégias adotadas para transformar a região em um polo de turismo, cultura e desenvolvimento sustentável. Entre os exemplos, estão a construção de bibliotecas em áreas de vestiários dos mineiros e até mesmo uma filial do museu do Louvre em um dos prédios mais antigos da área, motivos de orgulho da população local.
Foram apresentadas e discutidas diferentes políticas públicas e sociais voltadas à geração de emprego e renda, incluindo isenções fiscais e obras de infraestrutura, em um processo de reversão pelo fato de que muitas empresas deixaram a região após o fechamento da bacia minerária.
Outros dois momentos da ida ao local também se destacam: a visita técnica a casas histórias, tombadas, que estão sendo recuperadas e convertidas em moradias sociais ou turísticas em Oignies; e a ida à pilha 110, uma área anteriormente focada em mineração e atualmente reflorestada, onde os franceses realizam atividades físicas, incluindo caminhadas, corridas, ciclismo e passeios com seus animais de estimação.
O governador Romeu Zema traçou paralelos históricos entre o caso visto na França e Minas Gerais, citando desde cidades dos ciclos mais antigos de mineração, como Ouro Preto e Diamantina, que também se tornaram patrimônios e reinventaram suas formas econômicas, até a criação do Inhotim.
“Em Minas Gerais, estamos investindo mais na agricultura. Tanto que, pela primeira vez na história, em 2024, as exportações do agronegócio bateram as da mineração”, lembrou o governador.
O Governo de Minas buscou, assim, identificar boas práticas que possam ser adaptadas à realidade do estado.