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Ex-aluna da UFV morre em mergulho
9 de março de 2020

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Familiares e amigos se despediram da mergulhadora Patrícia Arrais Rodrigues da Silva, de 46 anos, na noite de domingo (1º) no cemitério Campo da Esperança do Plano Piloto. Ela foi encontrada sem vida no Lago Paranoá, em Brasília, no sábado (29), após mergulho.

Patrícia era médica veterinária formada pela UFV em 1995. Ela também era apaixonada pela natureza e pelos animais, paixões registradas em suas redes sociais. A morte repentina deixou a família muito abalada e causou grande comoção no DF.

Em 2018, a mergulhadora e o então namorado, o instrutor de mergulho Luciano Heusner, 41 anos, foram vítimas de um assalto no lago. Ele foi assassinado.

Investigadores da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá trabalham no caso.

Cilindros vazios

De acordo com a a delegada-chefe da 6ª DP, Jane Klébia, o equipamento que a mergulhadora usava na atividade será periciado, pois existe a suspeita de que tenha apresentado falha.

“Ela mergulhou com quatro cilindros: três desses, usados como reservas, foram encontrados vazios, e o que estava preso ao corpo tinha pouco oxigênio”, pontuou Jane Klébia.

“Não sabemos ainda o que aconteceu com os reservas, mas não descartamos que o equipamento tenha falhado. O corpo já foi para o IML [Instituto de Medicina Legal], e o laudo com a causa da morte deve levar 30 dias para ser concluído”, finalizou a investigadora.

Mergulho

À PCDF, um amigo de Patrícia relatou ter o costume de mergulhar com a médica veterinária. Conforme conta, Patrícia costumava ficar quatro horas submersa. Os dois teriam um acordo para que, caso ela demorasse mais de cinco horas mergulhando, ele, então, deveria acionar os bombeiros.

Ainda segundo o relato do homem, Patrícia chegou ao Lago Paranoá, próximo de onde o corpo foi encontrado, por volta das 8h40, e teria entrado na água sozinha.

Por volta das 12h30, o servidor da Caesb viu o saco elevatório flutuando – o item é usado para o mergulhador voltar à superfície ou para elevar objetos com mais de três quilos. No entanto, a veterinária não emergiu. Ele, então, pediu socorro.

Quando o Corpo de Bombeiros (CBMDF) chegou ao local, o corpo de Patrícia já estava sem sinais vitais. Os bombeiros utilizaram uma moto aquática (jet ski), uma embarcação, uma viatura de salvamento terrestre e um helicóptero, num total de 17 militares, às 12h50 (29/02/2020).

Patrícia estava equipada com material para execução de mergulho autônomo. Segundo os bombeiros, não foi possível adotar nenhuma medida de reanimação. Ainda não se sabe o motivo da morte.

Fonte: Metrópoles.