Para que os municípios mineiros se preparem para o próximo período sazonal das arboviroses, que vai de novembro a maio, o Governo de Minas vai investir R$163 milhões em recursos estaduais para as ações de enfrentamento a essas doenças.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, durante entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (07).
A época de chuvas e calor intenso é propícia para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das principais arboviroses: dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Além deele, o mosquito pólvora (ou maruim) também se prolifera nessas condições e é vetor que transmite a febre oropouche, doença diagnosticada pela primeira vez no estado em 2024.
“Vivemos, em 2024, o pior ano da nossa história de casos arboviroses, com mais de 1,6 milhão de casos. Não podemos esquecer que os ovos do Aedes estão depositados em diversos locais e, logo, logo já volta a chover. Então, cada cidadão mineiro precisa fazer sua parte e limpar os reservatórios passíveis de ter água parada, como pratos de plantas, calhas e ralos, para quando chegar a chuva não ter nenhum ovo ali próximo de eclodir”, alertou o secretário.
Fábio Baccheretti também alerta para febre oropouche, ressaltando a especificidade da sua transmissão: o mosquito tende a se proliferar em locais em acúmulo de matéria orgânica. Bananeiras são um ponto de atenção.
“... a febre oropouche é uma doença causada por outro mosquito, o maruim, e que está nos planos de contingência, porque já temos mais de cem casos confirmados em Minas. Esse transmissor tem vínculo com locais com acúmulo de matéria orgânica, folhas ou bananeiras. Então precisamos redobrar os cuidados”, explicou Fábio Baccheretti.
Do total que será investido, R$120 milhões se referem a custeio livre para que os municípios planejem as ações de acordo com cada território, sendo R$90 milhões pagos ainda em 2024 e os outros R$30 milhões nos primeiros meses de 2025.
Os recursos poderão ser utilizados ainda no enfrentamento às doenças transmissíveis agudas causadas por vírus respiratórios, que também são caracterizadas como emergência em saúde pública.
Outros R$28 milhões serão destinados para que os consórcios intermunicipais de saúde contratem serviços complementares de Ultra Baixo Volume (fumacê), estratégia de combate ao vetor das arboviroses.
Informações por Agência Minas