De acordo com Ângelo Chequer por decisão em medida cautelar da Justiça Federal que suspendeu a Resolução 414/2010 da ANEEL, a CEMIG continua responsável pela manutenção da iluminação pública em Viçosa. "A manutenção está ocorrendo de forma insuficiente, trazendo insegurança em vias onde mais de 80% das lâmpadas estão queimadas e também a insatisfação do consumidor por estar pagando por um serviço que não está recebendo", ressaltou o prefeito.

Os documentos entregues à companhia mostram que a mesma tem sido notificada extrajudicialmente pela Prefeitura na cobrança de agilidade na manutenção da iluminação pública desde janeiro de 2016. Entretanto, a situação continua se agravando e a ausência ou lentidão continua, tornando Viçosa uma cidade escura e insegura, mesmo com as faturas estarem sendo pagas sistematicamente em dia.

A carta ainda expõe a situação do Distrito Industrial de Viçosa, cujo fornecimento de energia opera no limite e impede sua expansão. Informa ainda que recentemente a prefeitura lançou editais para ocupação de mais 25 lotes no Distrito Industrial e que, de acordo com os prazos dos editais, as empresas já começaram a apresentar propostas, o que reforça a urgência de uma intervenção da CEMIG no sentido de ampliar o fornecimento de energia para aquele local.

O prefeito entregou também um documento da Casa do Empresário de Viçosa, por meio do qual seu diretor-presidente, Paulo Márcio de Freitas, solicita celeridade no atendimento às ligações de novos fornecimentos de energia, de acordo com as demandas das empresas de Viçosa. "São recorrentes as reclamações da extrema demora da CEMIG em liberar novas ligações, postergando prazos pré-acordados e muitas vezes estendendo demasiadamente estes prazos, causando transtornos e prejuízos a diversos setores", diz um trecho do documento, que cita ainda, como exemplo, o caso do Bristol Hotel, que aguarda uma intervenção da CEMIG desde junho de 2016 para dar continuidade às obras e realizar a inauguração do empreendimento.

O prefeito solicitou ainda informações sobre a real situação da sub-estação de energia da CEMIG em Viçosa, onde, conforme informações obtidas extra-oficialmente, opera com sua capacidade muito acima do limite e que esta situação poderá acarretar em um colapso se não ocorrer investimentos urgentes.