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Boletim aponta queda em casos de SRAG na Região de Ponte Nova e Viçosa
2 de julho de 2025

Monitoramento da Síndrome Respiratória Aguda Grave revela tendências e perfil dos pacientes na Superintendência Regional de Saúde.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova está monitorando os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em sua área de cobertura, que inclui as microrregiões de saúde de Ponte Nova e Viçosa. Esta ação ocorre desde que o Governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em saúde pública, em 2 de maio de 2025, devido ao aumento de casos de SRAG no estado.

Semanalmente, a SRS produz o Boletim SRAG – URS Ponte Nova, com base na avaliação do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe). Dádiva Raquel Rodrigues, referência técnica em Vírus Respiratórios do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da SRS, explicou que o boletim tem como objetivo fornecer dados estatísticos para profissionais de saúde e subsidiar a tomada de decisões em setores como assistência e regulação.

Rodrigues também detalhou os sinais indicativos de SRAG. São considerados casos graves síndromes gripais que apresentam desconforto respiratório, pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio abaixo de 95% em ambiente, coloração azulada nos lábios ou rosto, e que necessitam de hospitalização.

De acordo com o boletim, entre as semanas epidemiológicas 1 e 26, foram notificados 99 casos de SRAG na Regional de Ponte Nova. A semana 20 (de 11 a 17 de maio de 2025) registrou o maior pico, com 11 casos. Contudo, nas últimas quatro semanas, observou-se uma tendência de queda nas notificações, conforme avaliação de Dádiva.

A distribuição dos casos por estabelecimento de saúde mostra que o Hospital São Sebastião (HSS), em Viçosa, notificou o maior número de ocorrências, com 54 casos. Em Ponte Nova, o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) registrou 18 notificações, e o Hospital Arnaldo Gavazza Filho (HAGF) teve 14 notificações.

Em relação ao sexo, 55% dos casos foram em pessoas do sexo masculino. A faixa etária de 1 a 4 anos respondeu por 46% das notificações (46 casos), seguida pela faixa de 5 a 19 anos (25 casos). Nas últimas três semanas, o perfil dos casos notificados se alterou, com o predomínio passando da faixa etária de 1 a 4 anos para a população adulta (20 a 79 anos e 80 anos ou mais).

O boletim também informa que 35% dos casos necessitaram de suporte em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A faixa etária de 1 a 4 anos foi a que mais demandou internação em UTI, com 17 casos, seguida pela faixa de 5 a 9 anos, com 6 casos. Desde a semana 12, a média de casos de SRAG que necessitaram de suporte de UTI foi de dois por semana.

A publicação apontou que 87 casos tiveram amostra biológica coletada para identificação do vírus. Dessas, 50 amostras apresentaram resultado positivo no RT-PCR. O Vírus Sincicial Respiratório foi o mais frequente, com 23 casos, seguido pelo Rinovírus (11) e pela Influenza (8).

Informações: Assessoria de Comunicação