UFV lidera projeto de restauração do cerrado em área de 81 hectares, com divulgação de resultados prevista para 2025

Um projeto de restauração ecológica, liderado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), está em andamento em Camapuã, no Mato Grosso do Sul, em uma área de 81 hectares, equivalente a mais de 80 campos de futebol. Primeiramente, a iniciativa visa recuperar o bioma do cerrado, considerado um dos mais ricos e ameaçados do mundo.

Além disso, o projeto, realizado em parceria com a TTG Brasil Investimentos Florestais LTDA, utiliza mais de 40 mil mudas de espécies nativas e uma tonelada de sementes. Ademais, o objetivo é obter informações sobre o desempenho ecológico e a eficiência das técnicas de recuperação do bioma, bem como contribuir para a preservação do cerrado, que abriga as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul.

Conforme o coordenador do projeto na UFV, professor Sebastião Venâncio, o cerrado é um ecossistema de alta biodiversidade, mas também um dos mais ameaçados pela ação humana. Dessa forma, os estudos buscam identificar as técnicas de restauração mais adequadas para as diferentes formações vegetais do bioma, que incluem florestas, savanas e campos.

Outrossim, além da recuperação da biodiversidade, o projeto também busca contribuir para a estocagem de carbono e a mitigação das mudanças climáticas. Atualmente, os primeiros dados do experimento estão sendo analisados, e consequentemente, a divulgação dos resultados está prevista para o segundo semestre de 2025.

Contudo, o cerrado, que abrange cerca de 22% do território brasileiro, sofre com o desmatamento e as queimadas. Em 2024, por exemplo, 9,7 milhões de hectares do bioma foram queimados, sendo que 85% das chamas atingiram áreas de vegetação nativa, conforme dados da MapBiomas."

Informações: g1 Zona da Mata