Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram em assembleia, nesta quarta-feira (5), por encerrar o movimento. Os docentes voltam ao trabalho na próxima segunda-feira, dia 10 de junho.
No entanto, em assembleia, os professores decidiram manter o “estado de greve” e já marcaram uma nova paralisação para o dia 14 de junho. Esta é a data em que está prevista uma reunião da categoria junto a representantes dos ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A decisão por encerrar a greve, e manter as reinvindicações através do estado de greve, foi a partir de uma votação em que 201 foram contra a continuação da greve, 179 a favor e 16 abstenções.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Gustavo Seferian, que é professor adjunto do departamento de Direito da UFMG, a decisão, apesar de 'não ser ideal', não representa uma derrota. Em entrevista ao jornal Metrópoles, Seferian enviou a nota abaixo:
"A decisão da assembleia, em votação muitíssimo apertada, resultou de diversos fatores: a diretoria do APUBH, sindicato de base, estava dividida quanto ao tema; ademais, se verificou uma movimentação de parcela do professorado ligada à direita que se mobilizou a participar do espaço, e que não esteve engajada em assembleias anteriores, e por fim, um apartamento histórico da luta sindical na UFMG ao movimento docente nacional.
É impossível caracterizar que a greve docente na UFMG cessa como uma derrota: politicamente, no curso da greve, se encaminhou a realização de assembleia para deliberar o retorno do APUBH ao ANDES-Sindicato Nacional, e teremos uma paralisação e caravana dia 14 para acompanhar a reunião com o governo federal."
Na UFV, a greve segue sem previsão de encerramento próximo, mas uma nova reunião para avaliar o movimento ocorre nesta quinta (06).
Informações por DCE UFMG e Itatiaia